Parece piada, mas não é. O deputado federal Carlos Marun encabeça um grupo de parlamentares do PMDB que ensaia uma campanha contra colegas de partido citados na Operação Lava Jato. O objetivo é garantir uma campanha mais ‘tranquila’ em 2018, quando ele deve tentar a reeleição.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a proposta é afastar deputados e senadores citados na investigação dos cargos de chefia na legenda, antes das próximas eleições. “Não podemos passar a campanha de 2018 inteira nos defendendo da Lava Jato. A direção precisa estar isenta para não contaminar o partido”, diz Marun.

A ideia, audaciosa, atingiria em cheio os chamados ‘caciques’ da sigla, como o líder do presidente Michel Temer (PMDB) no Congresso, que é também presidente do partido, Romero Jucá.

Engraçado apenas a ironia, já que Marun chegou até mesmo a visitar o amigo Eduardo Cunha na prisão, ainda passando pelo vexame de reembolsar a Câmara Federal, pois incluiu os gastos da viagem para Curitiba nas despesas da cota parlamentar. Ah, nem vamos falar da Reforma da Previdência, capitaneada por ele...