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12/06/2021 15:34

Diálogo de jovens que iriam fazer massacre em escola no DF é assustador

Site teve acesso ao conteúdo que está nas mãos da polícia

12/06/2021 às 15:34 | Atualizado 12/06/2021 às 15:04 Thiago de Souza
Reprodução Youtube

A conversa entre três jovens, planejando um massacre em uma escola do Distrito Federal, obtido pela Polícia Civil, em 21 de maio, tem conteúdo assustador. Um dos investigados fala em matar 300 pessoas. 

O ataque estaria previsto quando do retorno das aulas presenciais por causa da covid. No entanto, investigação da polícia brasileira, com apoio de autoridades americanas, frustrou a ação criminosa. 

Os três jovens sofreram mandados de busca e apreensão e tiveram os celulares apreendidos, de onde as conversas foram extraídas. Foram apreendidas máscaras e armas com o trio. 

Assustador

Nas conversas, ficou claro que os alvos seriam alunos e servidores da unidade escolar. Uma jovem, de 19 anos, relatou aos dois outros suspeitos que não pisava na escola há um bom tempo e que precisaria ir lá fazer o reconhecimento para que o ataque fosse bem sucedido. 

Ainda segundo o Metrópoles, um interlocutor disse para a jovem que seria necessário quebrar as câmeras de segurança. Um terceiro envolvido sugere que funcionários da escola fossem mortos primeiro, para que não pudessem acionar socorro. 

Ainda na conversa, um suspeito sugere assassinar os funcionários a facadas, já que se fosse a tiros, o barulho dos disparos iria alertar as demais vítimas. No entanto, um outro responde: 

‘’iria fuzilar um por um’’. 

Ainda segundo o site, a jovem emenda lembrando ao grupo que tinha o desejo de manter pelo menos três vítimas vivas. “Eu e você mataríamos todos, exceto três garotos, que a gente deixaria sobreviver para contar o que aconteceu”, ressaltou.

Um dos jovens garante que, se o plano fosse executado de maneira correta, haveria 300 mortes. 

No final da conversa, a jovem brasiliense revela o desejo de “fazer pelo menos 30 kills” (mortes). “Mas foda-se, vou morrer mesmo. Se me matarem, estão me fazendo um favor”, disse a jovem, na época.

A jovem foi internada compulsoriamente em uma instituição psiquiátrica. As investigações prosseguem. 

Operação Shield

A operação da DRCC que neutralizou o plano de ataque ocorreu em parceria com a Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos. O massacre aconteceria quando as aulas presenciais fossem retomadas, uma vez que, devido à pandemia do novo coronavírus, os alunos estão estudando remotamente.

O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas, da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Alessandro Barreto, explicou que a participação da polícia norte-americana, por meio da Homeland Security Investigations, deve-se a uma parceria entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos (EUA).