A Secretaria de Saúde de Campo Grande pode optar por vacinar pessoas abaixo dos 60 anos antes de encerrar as prioridades previstas no Plano Nacional de Imunização. É o que indica a abertura de cadastro para receber as doses entre pessoas de 55 a 59 anos e falas deste domingo (11) do chefe da pasta.

“A prefeitura vai seguir o PNI, mas respeitando características locais de Campo Grande, que o próprio Plano autoriza”, afirmou José Mauro Pinto de Castro Filho, chefe da Secretaria de Saúde, quando questionado sobre o tema.

“Temos necessidades diferentes, e podem ocorrer ajustes internos”, sentenciou o secretário de Saúde, em entrevista nesta manhã na Aldeia Urbana Marçal de Souza

José Mauro deixa a possibilidade em aberto, mas a situação é clara: Campo Grande vacinou basicamente 16% de sua população que pode receber o imunizante, porém pouco mais de 50% do grupo prioritário.

Conforme a quarta e mais recente versão do Plano Municipal de Vacinação Contra a Covid-19, publicado em fevereiro deste ano, o grupo prioritário é composto por exatas 233.604 pessoas (veja os detalhes na tabela abaixo). 142.764 receberam a primeira dose e destes 46.915 também a segunda.

O questionamento de pessoas como diabéticos e hipertensos, que fazem parte da prioridade, é se eles receberão a dose mais cedo ou mais tarde. “Precisamos de orientação federal, mas caso não venha, vamos traçar estratégias de acordo com os dados que temos”, respondeu o secretário, deixando a questão em aberta.

Nesta sexta-feira (9) Campo Grande abriu o cadastro para imunização de pessoas de 55 a 59 anos. Segundo a Sesau, o cadastro não significa imunização. Mas causou estranheza que outras comorbidades, ainda não inclusas, e classes – como professores – ainda não podem realizar sequer o cadastramento.