Criminosos acusados de tentativa de latrocínio contra Mayk Magalhães, de 42 anos, em uma mercearia no bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, foram presos nesta sexta-feira (6), tentando fugir da cidade. Eles estavam a caminho de Dois Irmãos do Buriti, segundo a polícia.

A prisão ocorreu após a matéria divulgada pelo TopMídiaNews e divulgação das filmagens dos suspeitos nas redes sociais, por amigos e parentes. A postagem gerou muita repercussão nas redes sociais e os dois acabaram presos na Avenida Mascarenhas de Moraes, tentando fugir. A moto estava em cima de um caminhão. 

Um dos criminosos, de 36 anos, foi identificado pela alcunha de "Cuiabano". Ele possui diversas passagens pela polícia, tanto em Mato Grosso como em Mato Grosso do Sul. Já o comparsa, de 45 anos, não tinha passagem pela polícia.

Ambos vão responder por roubo majorado e pela tentativa de latrocínio. Os dois já estão presos à disposição da Justiça. 

Mayk não foi a primeira vítima. No dia anterior, quinta-feira (28), os criminosos tinham assaltado uma vendedora de perfumes, de 84 anos, no bairro Tiradentes. Ela foi espancada pelos autores e teve R$ 500 roubado, junto com alguns perfumes. Um dos produtos foi recuperado.

No dia seguinte, sexta-feira (29), Mayk foi vítima de uma tentativa de latrocínio, pouco após abrir a mercearia onde trabalha. Ele foi esfaqueado diversas vezes, espancado com socos e chutes e está internado em estado grave na Santa Casa.

O crime aconteceu por volta das 6h30, na Rua Paraisópolis, quando dois assaltantes pararam em frente a mercearia. Segundo o irmão de Mayk, os criminosos chegaram ao local em uma moto XTZ 125 Yamaha de cor dourada, pararam, desceram e entraram no estabelecimento pedindo um refrigerante. 

Mayk teria perguntado aos dois se tomariam a bebida no local ou se levariam. Os criminosos, que até então, se passavam por clientes, teriam dito que tomariam o refrigeram ali mesmo. 

Neste instante, Mayk teria virado para pegar os copos quando os dois anunciaram o assalto, gritando "perdeu, perdeu", relata o irmão. Mayk teria tentado explicar que havia recém aberto a loja, que não possuía valores e que estava com a mãe idosa ao lado, porém não surtiu efeito. Foi então que começaram as agressões.

"Eles foram para cima do meu irmão e deram um soco no rosto. Ele ficou tonto e caiu. Quando ele caiu no chão, o esfaquearam na barriga e começaram uma sessão de chutes. Durante o espancamento, ele ainda levou mais duas facadas na barriga, um no antebraço e um no ombro", conta o irmão.

Ainda segundo ele, os criminosos só pararam quando a mãe de Mayk, que estava em um cômodo aos fundos do local, gritou perguntando o que estava acontecendo. Assustados, os dois teriam subido novamente na motocicleta e fugido.

No local, ficou um boné e um óculos dos assaltantes. Eles teriam levado apenas R$ 30, único lucro do dia, deixado por um cliente atendido pouco antes do assalto, em cima do caixa.

Mayk foi socorrido por parentes, todo ensaguentado, e encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. No entanto, segundo o irmão, ele foi apenas suturado e recebeu alta, sem passar por exames detalhados.

No sábado (30), pela manhã, ele teria acordado passando muito mal, com muito vômito e dores fortes. A família conta que levaram Mayk novamente para a UPA, onde ficou internado por todo o dia devido a um ataque glicêmico.

Apesar do estado de saúde, Mayk teve uma melhora e novamente receberia alta, segundo a família, porém houve a troca de plantão. O novo médico fez uma última avaliação quando teria percebido que o estado de saúde era grave.

Ele foi imediatamente encaminhado para a Santa Casa, onde foi descoberto três perfurações no intestino. Mayk foi lavado para a sala de cirurgia, passou pelo procedimento cirúrgico e depois internado na CTI (Centro de Terapia Intensiva), em coma induzido. Segundo a família, ele continua internado no hospital.

Após o crime, a família procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência. Câmeras de videomonitoramento flagraram o momento do assalto e as filmagens foram entregues, juntamente com os objetos esquecidos e a arma do crime, aos policiais.