A+ A-

quarta, 08 de maio de 2024

Busca

quarta, 08 de maio de 2024

Link WhatsApp

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp Top Mídia News
Polícia

há 6 anos

A+ A-

Decaptação de rival do PCC foi comandada por mulher no São Conrado, dizem testemunhas em audiência

Na ocasião que Cristiane foi presa, ela participava de outro julgamento da facção criminosa PCC

Durante audiência de instrução do caso em que Rudnei da Silva Rocha, 22 anos,  foi morto e decaptado no bairro São Conrado, em 2017, em Campo Grande, ficou constatado que uma mulher, por nome de Cristiane, comandava o julgamento de bandidos que estariam traindo a facção criminosa. Sete pessoas, entre elas uma menor de idade, são acusadas pelo crime. A sessão ocorreu na tarde desta sexta-feira (4), no Fórum de Campo Grande.

Cristiane era conhecida na facção como 'Disciplina', ou seja, era responsável por conduzir o julgamento de rivais ou traidores perante as lideranças da organização. Ela foi presa meses após o crime, mas como tem filho menor de 12 anos, cumpre prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

Na ocasião em que a polícia chegou na casa de Cristiane para prendê-la, ela estava participando de um outro julgamento por  videoconferência.

Crime

O corpo de Rudnei, que era conhecido como 'Babidi' foi encontrado no dia 7 de outubro, em uma estrada vicinal na região do Indubrasil, saída para Aquidauana. Uma outra acusada, Ayume, também usava tornozeleira, mas o aparelho quebrou e ela está foragida.

Conforme a acusação do Ministério Público, o crime ocorreu na Rua Internacional, no São Conrado. A vítima foi atraída para a casa para explicar seu envolvimento no Comando Vermelho, rival do PCC.

'Babidi' foi decaptado pelo PCC. (Foto: Reprodução Facebook)

A 'reunião', ocorreu primeiramente na casa de uma adolescente, que fica em uma quitinete. Ela teria apenas emprestado a casa para fazer o julgamento e estava ciente do que iria acontecer lá. Em dado momento da noite, a menor viu que a situação era grave e  justificou que iria para uma festa e pediu para os presentes deixarem a casa. O grupo e a vítima foi então para uma casa de Valdeir, no mesmo terreno. O julgamento foi iniciado e a vítima condenada à morte.

Na sequência, Rudnei foi levado para casa de Ayume, que também sabia do que se tratava  para ser morto. Ele teve os pés e mãos amarrados, foi amordaçado e levado para o banheiro. No cômodo, Rodrigo segurou a vítima e Railson passou a faca no pescoço. Com a vítima morta, eles decaptaram o rival. No outro dia, o corpo de Rudnei foi levado por pessoas ainda não identificada e desovada no Indubrasil.

Acusado

Ao todo foram ouvidas 14 testemunhas, sendo duas de defesa e duas de acusação. Como faltaram testemunhas, os réus decidiram não falar hoje, com exceção de Lucas Carmona.

Lucas negou que faça parte do PCC e que ele e Maike passavam pelo local e decidiram cumprimentar as pessoas. Como estavam bêbados, eles foram mandados embora. Nesse momento da audiência, o acusado disse que estava passando mal, pediu para tomar água e retornou. Em seguida, falou que iria contar toda a verdade, em que Cristiane teria o telefonado pedindo ajuda, e ele foi com Maike até o local.  

Ao chegar, Cristiane percebeu que eles estavam alcoolizados, e conforme o código de conduta do PCC, membros drogados ou alcoolizados não podem participar do julgamento. Lucas diz que não sabia que a vítima era mesmo do CV e não achou que seria executado.

''Peço perdão à família desse jovem, posso ter feito muita coisa errada no passado, mas estou buscando uma nova história (conversão a fé evangélica). Não tenho medo de facção nem de polícia'', completou.  

Os acusados respondem por cárcere privado, ocultação de cadáver, homicídio qualificado, organização criminosa e  Cristiane por todos os crimes e mais corrupção de menores. A próxima audiência foi marcada par ao dia 8 de junho, às 14 horas.

Loading

Carregando Comentários...

Veja também

Ver Mais notícias