A tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira, acusada de matar o marido Valdeni Lopes Nogueira, que era major da PM (Polícia Militar), continua em liberdade após mais de dois anos do crime acontecer. A defesa da ré ainda luta para a mulher não ir a júri popular.
Segundo o advogado José Roberto da Rosa, o recurso de defesa deve ser julgado em março do ano que vem. Se acaso o Tribunal de Justiça não aceitar a tese de legítima defesa, o advogado adianta que pode entrar com um recurso especial em Brasília.
( Advogado José Roberto da Rosa. Foto: André de Abreu)
No último mês de agosto, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri determinou que a tenente fosse a júri popular, mas a defesa alega que a ré agiu por legítima defesa.
O caso
Conforme o processo, no dia 12 de julho de 2016, Itamara discutia com o marido dentro de sua residência. Ela alega que era vítima de violência doméstica e ele a teria ameaçado de morte.
(Tenente durante as investigações do crime. Foto: André de Abreu/ Arquivo)
Na ocasião, os dois teriam brigado por conta de uma viagem que fariam ao Nordeste. Há relatos de parentes da vítima que Itamara seria ciumenta, fato que causava constantes desavenças entre o casal.
Valdeni, segundo a ré, teria ido até o carro que estava na garagem para pegar uma arma e matá-la, momento em que ela sacou da pistola .40 e atirou contra ele. O major foi socorrido e levado para a Santa Casa em estado grave, onde morreu minutos depois.