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Polícia

04/08/2020 13:32

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É MUITO CIGARRO: força-tarefa destrói 183 toneladas de cigarros apreendidos em MS

Carga ilegal é avaliada em R$ 32,7 milhões e vai demorar 15 dias para queimar tudo

Megaoperação coordenada pela Receita Federal de Mundo Novo destruiu mais de 130 milhões de cigarros contrabandeados e apreendidos nas estradas de Mato Grosso do Sul.

A carga, avaliada em R$ 32,7 milhões, foi transportada em 14 carretas até a Receita Federal de Foz do Iguaçu (PR), que conta com equipamento específico para a destruição de grandes quantidades de cigarros ilegais. A destruição total das 183 toneladas levará cerca de 15 dias.  

Conforme a assessoria, a ação tem objetivo de liberar espaço físico nos depósitos da Receita. Somente no primeiro semestre deste ano, a Receita de Mundo Novo apreendeu R$ 108,97 milhões em mercadorias ilegais, sendo que cerca de 90% desse valor - R$ 91,9 milhões - foram em cigarros do crime. No mesmo período em 2019, as apreensões totais somaram R$ 60,48 milhões, sendo R$ 55,87 milhões em cigarros. 

“Esse aumento expressivo nas apreensões se dá com o crescimento da fiscalização e a maior interação entre órgãos de segurança e a Receita Federal”, afirmou Rodrigo Lara, auditor fiscal e chefe da equipe de Vigilância e Repressão da Alfândega de Mundo Novo. 

Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, explica que o combate ao contrabando de cigarros influencia na sociedade, já que investigações indicam que o crime organizado usa o lucro do cigarro para comprar armas e drogas. 

“O consumo do cigarro do crime financia a violência urbana, colocando em risco a vida da população e a economia do país. Apenas com esta operação, cerca de R$ 32,7 milhões de reais deixam de financiar o crime organizado especialmente no tráfico de drogas e armas.” 

Esta é a terceira ação de destruição de cigarros contrabandeados realizada em 2020 com o apoio do FNCP. No primeiro semestre, foram realizadas operações no Rio de Janeiro e no Maranhão. 

Números do contrabando no MS 

Segundo levantamento do Ibope, 87% de todos os cigarros que circulam no Mato Grosso do Sul são contrabandeados. Apenas em 2019, o mercado ilegal de cigarros movimentou cerca de R$ 352 milhões no Estado. O levantamento também mostrou que das 10 marcas mais vendidas no Estado, quatro são contrabandeadas e juntas respondem por 84% do mercado. 

A campeã de vendas é a ilegal FOX que lidera com 69% de participação. Entre os municípios mais afetados pelo contrabando no Estado estão a capital sul-mato-grossense, Corumbá, Dourados, São Gabriel do Oeste, Coxim e Três Lagoas. 

Para se ter uma ideia, se todos os pontos de participação de mercado ilegal fossem convertidos em produto legal seriam gerados apenas em ICMS a arrecadação de R$ 187 milhões e de IPI proveniente do FPE (Fundo de Participação do Estado) cerca de R$ 18 milhões para os cofres estaduais para serem revertidos em saúde, segurança e educação, por exemplo.

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