A esposa do motorista de aplicativo Rafael Baron, 24 anos, disse, nesta quarta-feira (19), durante a primeira audiência do caso no Fórum de Campo Grande, que sente alívio ao ver o acusado de cometer o crime, Igor César de Oliveira, 22 anos, começando a pagar pelo que fez.

O crime aconteceu no dia 13 de maio de 2019, mas Igor só foi preso, definitivamente, no dia 9 de fevereiro deste mês, no Jardim Carioca, por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Antes disso, ele tinha sido preso, liberado, preso e chegou a ficar foragido. Entenda o caso clicando aqui. 

Ao juiz, a comerciante e esposa de Baron, Karine Pereira Baron, 25 anos, falou do sentimento da família.

“Foi um período muito triste, estávamos desesperados por conta da impunidade que estava assombrando nossa família. Agora, que ele possa responder pelo crime que ele cometeu e, quem sabe, daqui uns anos, ele possa sair, mas por enquanto queremos que ele pague pelo crime que cometeu", reforçou.

Ela lembrou também que ninguém está em busca de vingança. “Vingança não leva ninguém a nada, mas a justiça sim. Acredito que a justiça seja a melhor alternativa. Na época que ele esta foragido, tive medo, a gente sempre tem medo, não só pra mim e pra minha família, mas pra sociedade toda”.

Sobre a versão apontada de que Rafael teria dado em cima da namorada do suspeito, Karine reforça: “eu coloco minha mão no fogo. Jamais daria a minha cara para bater se eu desconfiasse de algo”.

Conforme o assistente de acusação, Victor Fugi, a intenção da família é que Igor vá a júri popular. “Ele era foragido pelo crime de roubo, agora o que importa pra família é que o Igor está sob o poder do Estado. Agora, a família espera que ele seja levado a júri”.

O crime

Rafael foi morto a tiros na madrugada do dia 13 de maio, na rua Cláudio Coutinho, no Jardim Campo Nobre, bem próximo à entrada de um condomínio.

Conforme a Polícia Civil, Baron fez uma corrida do Upa Leblon até o residencial para o casal. Durante o trajeto, o motorista, por cortesia, questionou o que aconteceu com a passageira - já que ela estava com uma tipoia no braço. Ela respondeu que teria sofrido um acidente de moto.

Rafael teria feito outras duas perguntas sobre o estado de saúde da passageira, algo que irritou profundamente o suspeito. Assim que chegaram ao local, a esposa de Igor ficou no carro para pagar a corrida, enquanto o marido correu até a residência dos dois, pegou um revólver calibre 38  e atirou na vítima.

A vítima, que estava em um Gol, levou tiros no braço e no pescoço e ainda tentou fugir, mas bateu em outros veículos e morreu no local.