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Polícia

Ex-guarda acusado de feminicídio contra Maxelline pega 44 anos de prisão

Além da pena de feminicídio, ele foi julgado também por um homicídio qualificado e uma tentativa de homicídio do mesmo caso

05 maio 2022 - 16h45Por Vinicius Costa

O ex-guarda Valtenir Pereira da Silva, 37 anos, acusado de homicídio qualificado, feminicídio e tentativa de homicídio há pouco mais de dois anos, foi julgado nesta quinta-feira (5) pelo Tribunal do Júri e recebeu uma pena de 44 anos e 4 meses, que deverão ser cumpridos em regime fechado em Campo Grande.

A vítima de feminicídio era Maxelline da Silva dos Santos, que teve um relacionamento amoroso com Valtenir durante um ano, mas encerraram o romance. A segunda vítima foi identificada como Steferson Batista de Souza e Camila Telis Bispo, sofreu a tentativa de homicídio vinda do ex-guarda.

Todos os crimes cometidos pelo autor entraram em diferentes qualificações, o que elevaram a pena do acusado. Na tentativa de homicídio contra Camila, a Justiça entendeu ser um motivo fútil como circunstância agravante, resultando em uma pena de 9 anos e 4 meses.

Contra Steferson, o ex-guarda foi julgado pelo homicídio qualificado que dificultou a defesa da vítima. O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, do 1° Tribunal do Júri, entendeu que não havia necessidade de pena ou redução, estabelecendo uma reclusão de 14 anos.

Já no feminicídio cometido contra Maxelline, o acusado respondia pelo crime de maneira qualificada por motivo torpe. Sem causas para tentar a diminuição de pena, o juiz decidiu a pena em 21 anos de prisão.

Somadas as penas, Valtenir acumulou 44 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de tentativa de homicídio, homicídio qualificado e feminicídio.

Ainda de acordo com o juiz, o cumprimento da pena deverá ser, no regime inicial, no sistema fechado, podendo ter direito à progressão após cumprir 50% da pena total. No documento, consta que "como efeito extrapenal da condenação, decreto perdimento do cargo/função pública do sentenciado Valtenir Pereira da Silva", concluiu o juiz Carlos Alberto.