Investigações da polícia apontam que a morte de Anderson Barbosa Martins, 43, o ‘Tanajura’, teria sido motivada por vingança relacionada ao assassinato de Edson de Souza Alencar, o ‘Edinho Cadeirante’, ocorrido no dia 10 de julho, em um bar localizado na Avenida Hayel Bon Faker, m Dourados - distante 228 quilômetros de Campo Grande.
Ontem (1º), três pessoas foram presas e teriam algum tipo de envolvimento na morte de Anderson. O crime ocorreu na noite de segunda-feira (30), na rua Manoel Rasselem, Jardim Rasslem, quando ele foi atingido por sete disparos de arma de fogo na quitinete onde morava.
Segundo o Dourados News, João Lucas Dias dos Santos, 22, conduzia o VW Gol preto que levou os atiradores até o local no dia do fato. Já Ana Valéria Moraes dos Santos, 31, e Regina Gonçalves da Silva, 37, auxiliaram no planejamento do ataque.
A polícia também já identificou outras pessoas que teriam participado da ação.
Conforme apurado pela reportagem, o caso envolve integrantes de facção criminosa que atuam dentro e fora dos presídios. Duas pessoas teriam a missão de ‘eliminar’ Tanajura no sábado (29), porém, a informação foi ‘vazada’ à vítima por uma delas e o crime acabou ‘adiado’.
Depois disso, a ordem da execução foi repassada a homens identificados como Janderson, morador na Aldeia Jaguapiru, e Vitor, residente no BNH IV Plano, bairro próximo ao local onde ocorreu o assassinato.
Na segunda, João Lucas teria pegado os dois suspeitos na companhia de outra pessoa, conhecida como ‘Gago’, e levado eles até a quitinete onde Anderson morava. Em seguida, ambos desceram do carro e atiraram várias vezes contra a vítima.
Quatro desses disparos atingiram a barriga de Tanajura, outros três acertaram o pescoço, olho esquerdo e braço direito, o matando na hora.
Apesar da vingança, não foi relatada qual a participação da vítima no homicídio ocorrido há quase quatro meses.
Investigações
Ainda conforme o site, no início das apurações, os policiais chegaram a um suspeito que negou participação no crime e apontou João Lucas como um dos envolvidos. Na residência de João foram encontradas várias porções de pasta base de cocaína escondidas no banheiro.
Já Regina foi presa no Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares, em Dourados. Ela estava na companhia dos filhos tentando embarcar em um ônibus. A casa onde ela mora serviu de apoio para a execução do crime e os dois revólveres calibre 38 utilizados na ação estavam enterrados no quintal.
O imóvel fica no Residencial Dioclécio Artuzi, na região Sul da cidade. As investigações apontam que Gago teria deixado o local na companhia dela, porém, ele não foi localizado.
Após a prisão de Regina, os investigadores receberam a informação de que Ana Valéria, moradora no Jardim Guaicurus seria a responsável em organizar o homicídio na companhia de outras pessoas e realizaram a prisão dela.
De acordo com o relatado pela polícia, ela narrou que teria realizado telefonemas para auxiliar na execução e reconheceu que as armas teriam sido levadas para a casa da comparsa.
Os três acabaram autuados em flagrante pelo homicídio e João ainda responderá por tráfico de drogas. Gago e os outros dois homens apontados como autores da execução ainda são procurados.