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Polícia

26/04/2019 11:11

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Em protesto, família pede agilidade em julgamento de empresário bêbado que matou jovem no trânsito

O acidente aconteceu no ano passado e o suspeito de cometer o crime foi solto antes do sepultamento da vítima

Em busca de justiça: foi assim a manhã desta sexta-feira (26) para familiares e amigos de Moisés Luiz da Silva Oliveira, morto atropelado no ano passado, na Capital. O grupo realizou um protesto na frente ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul com uma faixa com a foto do rapaz, pedindo a punição do suspeito, o funcionário público Alderson Fante da Silva, de 33 anos, que permanece solto.

De acordo com o irmão da vítima, Felipe Luiz da Silva, 22 anos, o laudo do acidente demorou sete meses para ser concluído. “Normalmente um laudo fica pronto em 60 dias, o laudo do acidente que matou o meu irmão, saiu depois de sete meses. Queremos saber porque o inquérito ainda não foi concluído na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Será que é porque o suspeito é filho de delegado aposentado? Porque ele tem parentes trabalhando na polícia? Queremos uma resposta, ele foi solto antes mesmo do meu irmão ser sepultado”, diz o estudante.

Felipe afirma que o laudo constata que o suspeito dirigia o veículo Up embriagado, quando atingiu Moisés, que atravessava a Avenida Ceará com a Euclides da Cunha. “Ele fugiu do local sem prestar socorro, ele cometeu um crime e está solto. O laudo comprova que ele dirigia embriagado, confirma que ele estava acima do limite de velocidade e trafegava a mais de 115 km/h no momento em que atingiu meu irmão. Se ele não está sendo beneficiado porque é filho de delegado aposentado, que seja comprovado, porque é isso que estamos percebendo”.

Ao falar de Moisés, Felipe afirma que as condições levadas em consideração para que o suspeito fosse solto eram as mesmas que o irmão tinha. “Meu irmão também tinha residência fixa, também trabalhava, também não tinha antecedentes criminais e pagou com a vida. O acusado de atropelar foi solto por ter esse histórico. Como fica a situação da minha família? Perdemos um ente querido de forma trágica, por conta da irresponsabilidade de uma pessoa”.

A avó de Moisés, Ildelina Teixeira Oliveira, 67 anos, que reside na Bahia, participou do protesto e foi às lágrimas ao relembrar do neto. “Ele era um menino muito especial, foi difícil chegar em Campo Grande e ver que está faltando um dos meus netos. O acusado de atropelar meu neto não prestou socorro, ele atropelou uma pessoa e fugiu do local".

"Só conseguimos saber quem era porque caiu a placa do carro. Se não, nem conseguiríamos saber quem era ele. Depois do acidente, ele foi para casa, estava de banho tomado, tranquilo na casa dele. Ele tirou uma vida e está na rua, queremos que a justiça seja feita. Acreditamos muito em Deus, que tudo depende da vontade de Deus, mas ele tem que pagar pelo crime que cometeu”, continua.

A irmã mais nova de Moisés, Valeska Luíza da Silva Oliveira, relembra que os três irmãos eram apegados. “Desde criança era sempre um pelo outro, éramos muito grudados e, agora, falta um pedaço da nossa família. Sabemos que nada vai trazer a vida do meu irmão de volta, mas queremos justiça”.

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