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Cidades

Quando matar 'compensa': um ano depois, empresário que assassinou no trânsito segue livre

Família planeja protesto em memória de Moisés, com apelo por justiça

23 abril 2019 - 07h00Por Rodson Willyams

Moisés Luis da Silva Oliveira se foi faz 12 meses. O então jovem de 22 anos foi atropelado e morto em abril do ano passado, quando atravessava a avenida Ceará, em Campo Grande. Um ano depois, o crime segue sem esclarecimento algum e a família promete protesto.

Ele foi atingido por um veículo VW UP, enquanto atravessava a Avenida Ceará com a Rua Euclides da Cunha, no bairro Santa Fé, em Campo Grande. Um ano depois, o motorista que assassinou Moisés segue em liberdade.

A família prepara um ato em forma de protesto em frente ao Ministério Público Estadual, que fica ao lado do Fórum de Campo Grande. O evento acontece às 9 horas, na próxima sexta-feira (26), exato um ano após o crime.

Pelo Facebook, a família criou um grupo em que convida amigos e simpatizantes para pedir Justiça. "Convidamos a todos para se unirem a nós nesse ato de protesto, por mais conscientização no trânsito e justiça pela morte do Moisés. Na oportunidade estaremos com faixas e panfletos sendo expostos e distribuídos toda vez que o semáforo fechar e sobre a faixa de pedestre expondo o caso".

Ela relata sobre o sentimento de impunidade. "Sexta feira 26/4 completa 1 ano deste crime, no qual até o dia de hoje não se obteve justiça, estando o irresponsável solto e a família da vítima no entanto, convivendo amargamente com a dor da perda".

O caso

A família relata que o jovem estava feliz porque havia acabado de sair do período de experiência  empresa em que trabalhava e seria efetivado. E ao atravessar o cruzamento, ainda no meio da via, foi colhido pelo veículo conduzido por Alderson Fante da Silva, de 34 anos. Com o impacto, o corpo de jovem foi arremessado a 55 metros de distância, morrendo no local.

O motorista fugiu sem prestar socorro e foi preso em flagrante em sua casa, sendo identificado através da placa do veículo que ficou no local do acidente. A família conta que o condutor pagou fiança e foi solto.

Na época, o delegado Mario Donizete, da 1ª Delegacia de Polícia Civil, buscava por fontes que poderiam ajudar a entender a dinâmica do acidente. ''Vamos buscar testemunhas e imagens de câmeras de segurança para saber se houve excesso de velocidade". Veja o link com informações do protesto.