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Polícia

23/05/2018 11:22

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Lucro da máfia dos cigarreiros, em 3 anos, equivale a receita total de MS por 25 anos

Gaeco leva para depor mais 12 PMs supostamente ligados ao contrabando de cigarros

Investigadores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), esfera do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, ouve ao menos 12 policiais na manhã desta quarta-feira (23), no âmbito da 2ª fase da Oikiticus, operação que combate o envolvimento de policiais militares com organizações criminosas que dominam no país o contrabando de cigarros. A mercadoria ilegal sai do Paraguai e segue para outras cidades brasileiras.

O Gaeco cumpriu, nesta manhã, mandados de busca e apreensões, mas ainda não divulgou os nomes dos alvos da investigação. O número de PMs que prestam depoimentos foi confirmado por um dos integrantes da apuração. Semana passada, 20 PMs, entre os quais tenentes-coronéis, major, sargentos, cabos e soldados, foram presos por implicação no caso.

Os detidos agiam como uma espécie de milícia privada e faziam a segurança e facilitavam a vida dos contrabandistas. De acordo com o Gaeco, propinas de até R$ 100 mil eram pagas aos policiais cooptados.

Na petição que o Gaeco pediu a prisão dos policiais, é citado um estudo publicado no G1, em março deste ano, que o contrabando de cigarros no Brasil, que usa como rota, principalmente o território sul-mato-grossense, causara um prejuízo de ao menos R$ 350 bilhões às finanças do país nos últimos três anos – 2015 2016 e 2017.

A soma do lucro em todo o país, segundo a reportagem, equivale a receita total de Mato Grosso do Sul por 25 anos.

RIQUEZAS

Ainda de acordo com o relatório do Gaeco, em dois anos, um  cabo da PM, o Aparecido Cristiano Filho, lotado em Naviraí, cujo salário gira em torno de R$ 4 mil mensais, juntou R$ 7 milhões de patrimônio.

Na lista dos bens do militar, preso desde a semana passada, aparecem terrenos, casas e duas chácaras que, juntas, custam em torno de R$ 1 milhão.

Conforme a investigação, as remessas de propinas recebidas eram lavadas – meio de tornar o dinheiro legal – numa loja de venda de carros usados, em Naviraí.

No papel, a empresa, a Diogo Automóveis, teria lucrado R$ 6,9 milhões em 2017, obtendo lucro livre de quase R$ 800 mil mensais. No entanto, os investigadores do Gaeco descobriram que revendedora atravessa crime e não tinha no caixa, no início deste ano, nem sequer R$ 2 mil.

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