A tentativa de homicídio, que atingiu Vitor Hugo Cordoba, 18, com um tiro na testa, está fazendo a polícia trabalhar com várias linhas de investigações para conseguirem revelar e encontrar os criminosos que realizaram vários disparos contra um grupo de jovens.

Na manhã desta quarta-feira (4), a equipe de reportagem do TopMídiaNews entrou em contato com o delegado Sérgio Luiz Duarte, da 2ª Delegacia de Polícia Civil, que está investigando o caso. A autoridade policial destacou que a hipótese de que o crime pode ter sido decorrência de homofobia também não está descartada pela polícia.

"Estamos realizando buscas para encontrar os autores e assim também solucionar o que aconteceu naquela noite. Já conseguimos várias imagens de circuitos de segurança e não podemos adiantar maiores informações para não atrapalhar as investigações, mas até o momento, nada está descartado", ressaltou.

O caso

No dia 26 do mês passado, o rapaz foi atingido por um tiro de pistola .380, na Rua Maria Stuart, no Conjunto Residencial Estrela do Sul, em Campo Grande. Conforme a polícia, Victor estava com alguns amigos em uma lanchonete do bairro, quando retornava a pé para casa, o grupo de colegas foi cercado por um carro e os ocupantes realizaram vários disparos.

O veículo seria um VG Gol de cor preta e, antes de realizar os disparos, um dos suspeitos disse: 'perdeu, perdeu'.  O grupo de amigos ainda tentou correr, mas Vitor acabou sendo atingido por um tiro na testa.  O Corpo de Bombeiros realizou os primeiros socorros e encaminhou a vítima para o hospital.

Vitor chegou a ficar em estado gravíssimo após o ocorrido, mas ainda conforme a assessoria do hospital, mesmo ele estando na UTI, seu estado de saúde já melhorou bastante. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

Homofobia

Familiares da vítima acreditam que a tentativa de homicídio teria sido motivado por homofobia. Segundo o cunhado da vítima, Felipe Figueiredo, 23 anos, os três amigos da vítima são gays e a família de Vitor desconfia que ele também seja.

Os parentes crêem que o carro estava estacionado esperando os jovens passarem e que o crime pode ter sido uma emboscada. Eles também informaram que há muitas contradições nas informações passadas pelos amigos da vítima.

"O que nós sabemos é que o grupo não reagiu, não teve brigas e tudo será analisado", finalizou o delegado.

Veja o vídeo dos garotos andando tranquilamente antes do 'atentado'