Prefeitura de Corumbá vai ser investigada em razão da mortandade de bebês e algumas mães na Santa Casa de Corumbá. A falta de uma UTI neonatal é apontada como uma das causas dos óbitos infantis na unidade.
Conforme o TopMídiaNews tem mostrado, sobretudo desde o começo do ano, famílias têm chorado a perda de entes no hospital e acusam a unidade de descaso e infraestrutura suficiente para os atendimentos.
Segundo a divulgação do MP, a investigação vai compreender o período de 1º de janeiro a 18 de março deste ano. O texto diz que o objeto é ‘’apurar eventuais falhas na prestação dos serviços de saúde (e danos morais coletivos) pelos óbitos ocorridos em circunstâncias semelhantes possivelmente devido à ausência de UTI MISTA (Neonatal + Pediátrica)’’.
Ainda conforme o Diário Oficial, a investigação vai procurar saber a respeito da destinação dos recursos do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata, o Fonplata, à Saúde de Corumbá. O atual prefeito, Marcelo Iunes, sempre foi cobrado sobre a aplicação dessa verba.
O MPE destacou que a falta da UTI neonatal já é objeto de uma ação civil pública em trâmite na Justiça Estadual.
Após a mais recente morte, o deputado federal Geraldo Resende acionou o MPE-MS denunciando o número alto de mortes na unidade. No último domingo (17) familiares das vítimas fizeram protesto no Centro de Corumbá. Emocionados e revoltados, eles cobraram providências das autoridades e lembraram dos entes perdidos.
Eneliz e o filho morreram na Maternidade de Corumbá (Foto: Reprodução Facebook)
Eneliz
Uma das mortes citadas no inquérito civil é a de Eneliz da Silva Cunha, conhecida como ''Liz'' e o filho dela. Ainda conforme mostrado pelo site, o pai da falecida fez um duro e emocionante desabafo e cobrou justiça pelas mortes da filha e do neto.
Descaso
A Prefeitura e o presidente da Junta Interventora do hospital, Milton Carlos de Melo, o ''Miltinho'', nunca responderam aos questionamentos feitos pelo TopMídiaNews. O executivo municipal repassa para a Junta, que por sua vez não responde nada.Apesar disso o espaço segue aberto para todos os envolvidos.