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Polícia

08/10/2019 17:38

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Omertà: juiz mantém prisão de guardas do 'núcleo de apoio' de grupo de extermínio

Eronaldo, Igor e Rafael são guardas municipais presos desde o dia 27 de setembro

Os guardas municipais Eronaldo Vieira da Silva, Igor Cunha de Souza e Rafael Carmo Peixoto Ribeiro tiveram pedido de liberdade negado pela Justiça. O trio foi preso temporariamente no âmbito da Operação Omertà, e seriam membros do chamado ''núcleo de apoio'' da organização criminosa chefiada por Jamil Name e Jamil Name Filho, em Campo Grande.

A decisão foi proferida nesta segunda-feira (7) e divulgada nesta terça-feira (8), assinada pelo juiz Waldir Marques, substituto no Tribunal de Justiça.

Nesta segunda-feira, o advogado dos investigados, Marcio Almeida, impetrou um  habeas corpus com pedido de liminar, mas não conseguiu libertar os clientes. No pedido, ele usou o mesmo argumento utilizado no terceiro dia de prisão deles (30 de setembro), que não há qualquer indício de conduta ilícita dos guardas municipais.

Márcio questiona necessidade da prisão de guardas. (Foto: Danny Nascimento)

Os agentes seriam apenas empregados da família Name, prestando serviços gerais e de  motorista, garante o defensor.  

''Qual é a conduta ilícita deles? Pede para os guardas apontarem a conduta ilícita'', questiona o defensor. Ele acrescenta que o Gaeco e a Polícia Civil montaram uma tese de ''núcleo de apoio'' em relação aos investigados.

''Mas para ser núcleo de apoio, alguém tem que apoiar a prática de um crime específico e isso não foi apontado. Não apontaram se eles destruíram prova, se levaram arma para alguém ou qualquer outra coisa'', reclama Márcio Almeida.

Ainda de acordo com o defensor, a Justiça não determinou de que maneira a continuidade da prisão dos três iria colaborar com as investigações.

''Não detalharam se um deles não pode manter contato com algum investigado, ou coisas desse tipo, finalizou Almeida.

Diante do pedido negado, que foi em forma de liminar, o advogado vai pedir para agilizar o julgamento do mérito, que dessa vez é julgado por uma das câmaras criminais do Tribunal do Justiça. Porém, não há data definida.

Eronaldo, Igor e Rafael foram presos no dia 27 de setembro, em Campo Grande. Eles foram ouvidos pela força-tarefa de investigadores no dia 3 de outubro.  

 

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