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Polícia

16/06/2018 18:10

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Polícia alerta perigos de reagir a assalto; duas pessoas morreram em menos de um mês na Capital

Além de poder levar um tiro, a vítima que reagir pode ficar com traumas para o resto da vida

Todos os dias dezenas de pessoas procuram a Polícia Civil de Campo Grande para registrar uma ocorrência de furto ou roubo. A situação fica ainda mais agravante quando a vítima resolve, por impulso, entrar em luta corporal com o assaltante. Nos últimos 30 dias, duas pessoas foram mortas ao reagir e não obedecer os comandos durante o assalto.

No dia 25 de maio, Fernando Alce morreu ao ser atingido com um tiro na cabeça após ter negado ficar de joelhos para os assaltantes. Uma dupla invadiu a conveniência da vítima, no Jardim Morumbi, e, mesmo com as mãos levantadas, Fernando foi levado para os fundos do comércio e alvejado covardemente.

Já na noite da última terça-feira (12), a vítima fatal foi o militar Rafael Lucas Soares. O jovem estava em frente de casa, no bairro Coophatrabalho, mexendo no celular quando um motociclista parou e ordenou que ele entregasse o aparelho. Rafael empurrou o suspeito, entrou em luta corporal e acabou sendo atingido com dois tiros – um na perna e um no tórax.

Em ambos os casos, os dois homens morreram na hora e os crimes foram registrados por câmeras de segurança. 

O proprietário de uma loja de Açaí, no bairro Moreninha, também foi alvo da criminalidade que ronda Campo Grande no dia 5 de maio. Ao ter o estabelecimento surpreendido por dois bandidos, o comerciante perseguiu a dupla com uma caminhonete S10 LT e deu início a uma cena de filme de ação. 

Na Avenida Gury Marques, os suspeitos sacaram a arma e atiraram contra o veículo. O comerciante disse à polícia que, no momento em que percebeu os disparos, abaixou a cabeça por medo de ser atingido e acabou colidindo contra a motocicleta utilizada pelos assaltantes. Os dois autores não resistiram aos ferimentos e morreram.

Apesar da população saber que não se deve reagir a um assalto, algumas pessoas ainda insistem em fazer justiça com as próprias mãos. O final pode ser trágico e terminar em morte. 

Riscos

Adriano Peralta Chaves, policial militar, alerta sobre os riscos que a vítima corre caso haja por impulso. 

“Além do risco de morte, obviamente, o trauma em si já é um fato tempestuoso para a vítima. Alguns casos nem tratamento psicológico resolve o problema. Creio que a sensação de impunidade que o brasileiro vive leva as pessoas, às vezes, a tentar fazer justiça com as próprias mãos, mas isso não é recomendado.”

O militar ainda ressalta que, apesar da dificuldade de manter a calma, a pessoa deve buscar a serenidade e pedir ajuda para a segurança pública.

“Dizer para tentar manter a calma é complicado diante de uma situação tão inesperada e pavorosa. O mais importante é mesmo tentar não reagir em nenhuma circunstância. Tentar não fazer movimentos bruscos que levem o ladrão a entender como uma possível reação e tentar observar as características do autor como vestes, altura e cor para possível identificação posterior do infrator. Logo o ocorrido procurar contato via 190 com a Polícia Militar.”

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