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Polícia

03/07/2023 14:41

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Policial vinha sofrendo injúria racial antes de morte no Procon, alega defesa

Advogado explicou que acusado afirmou ser tratado de forma descriminatória ao longo das audiências

A defesa do policial militar reformado José Roberto de Souza, acusado de ter assassinado a tiros o empresário José Caetano de Carvalho, alega que ele estaria sendo tratado de forma descriminatória.

Através dos depoimentos das testemunhas, a defesa acredita que será possível provar que o policial foi alvo de injúria racial em audiências anteriores, que elevaram o tom da discussão na manhã de 13 de fevereiro, no Procon-MS, em Campo Grande.

Durante a tarde desta segunda-feira (3), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul realiza a primeira audiência de instrução e julgamento do caso, ouvindo ao menos 7 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público Estadual e 6 testemunhas de defesa.

O advogado José Roberto da Rosa explicou que o acusado apontou ter sido vítima de injúria racial durante as audiências. Ele deve tomar maior conhecimento durante os depoimentos das testemunhas.

"A gente vai ter de elemento, então, para ser mostrado que a ação dele não foi provocada simplesmente ali pelo calor do momento. As notas que fazem prova de que não se tratava de uma dívida de R$ 600, isso foi só o gatilho daquele dia e há várias pessoas que testemunharam e que viram a reclamação dele [policial] sobre as formas descriminatórias pelas quais ele foi tratado ao longo das semanas que antecederam o delito", disse.

Rosa ainda relembrou algumas das frases que teriam sido utilizadas pelo empresário durante as audiências trazidas por José Roberto. "Em algumas oportunidades teria se referido a ele como 'policinha', como 'neguinho', uma que não teria condições de ostentar um veículo daquela envergadura, isso teria sido inclusive objeto de algumas reclamações por parte deles", frisou.

O policial reformado está preso preventivamente e a defesa não trabalha, neste momento, com a sua liberação e aguarda uma movimentação do juiz nesse sentido.

O advogado reforça que é necessário ouvir as testemunhas que estiveram nas audiências de conciliação para entender até que ponto essas possíveis ofensas teriam se tornado um gatilho para o cometimento do crime de homicídio contra José Caetano.

Morte

Conforme divulgado pela Polícia Civil, José Roberto de Souza não teria ficado satisfeito com a venda de um produto ou serviço feito por Antônio Caetano, avaliado em R$ 630. Os dois estavam no Procon-MS para fazer a conciliação. 

Segundo o delegado Willian Rodrigues de Oliveira Junior, o suspeito ''perdeu a cabeça'' e atirou contra o empresário. 

Ainda segundo Oliveira Junior, a morte foi presenciada por pelo menos três funcionários do órgão estadual. Ele detalha que foram três tiros disparados, sendo que dois acetaram a cabeça do empresário, que morreu no local.  

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