Ao menos nove pessoas foram detidas, no final da manhã desta quarta-feira (23), suspeitas de promoverem o jogo do bicho e venda irregular de cartelas do Pantanal Cap, em Campo Grande. Algumas já foram ouvidas e liberadas, segundo o advogado delas. 

Os suspeitos foram levados para a sede do Garras, que deflagrou um braço da operação Omertà, chamado de ‘’Black Cat’’ (gato preto em português), em alusão aos jogos de azar. As detenções ocorreram no bairro Santa Luzia, Vila Carvalho e Silva Regina, Ana Maria do Couto, entre outros. 

Para os investigadores, Jamil Name e família são donos do Pantanal Cap e comandam o esquema de jogatina ilegal, que é o jogo do bicho. 

O advogado José Amilton de Souza vai defender ao menos sete dos detidos e explicou que os clientes já foram ouvidos e liberados, já que jogo de azar é um crime de baixo potencial ofensivo. 

‘’Foi feito um termo circunstanciado e se comprometeram a comparecer em juízo’’, disse Souza. 

O defensor esclareceu que o Pantanal Cap, que promove sorteios de dinheiro e veículos, pela televisão, é legalizado pelo Ministério da Fazenda, mas quem vende as cartelas precisa ter um alvará específico. 

Luan confessou fazer jogatina na Vila Carvalho. (Foto: Repórter Top)

Detidos

Um idoso de 66 anos, que tem um comércio na Júlio de Castilhos, no Silvia Regina, foi um dos conduzidos para o Garras, mas negou envolvimento em crimes. 

‘’Como eu vou mexer com coisa errada, eu só ganho R$ 1,80 pela cartela de R$10 e 2,40 pela cartela de R$ 20’’, questionou o idoso ao se referir à venda do Pantanal Cap. 

Um outro detido, Luan Adorno, de 28 anos, confessa que oferece apostas do jogo do bicho e que a polícia foi em seu comércio, na Vila Carvalho, e apreendeu os talões de apostas e o resultado dos jogos. 

‘’Ah, isso não vai dar em nada não’’, prevê o suspeito.