O impasse sobre ter candidatura própria ou apoiar Adriane Lopes gerou rusgas dentro do Partido Liberal, em Campo Grande. O presidente regional da legenda, Marcos Pollon, tentou esfriar os ânimos dos possíveis pré-candidatos.
A pré-candidata à reeleição, Adriane Lopes (Progressistas) saiu na frente e abraçou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, assim que ela pôs os pés na cidade, na manhã desta sexta-feira (23).
Não dá para duvidar do carinho recíproco entre as duas mulheres cristãs, mas o que a prefeita tenta é o apoio de Bolsonaro, que pode dar um turbo na candidatura dela.
O Progressistas tem sua maior força na senadora Tereza Cristina. Horas após o ex-presidente anunciar, no início da semana, em uma rádio de Campo Grande, o nome de João Henrique Catan como quase certo candidato à prefeito, a senadora entrou em cena, o que fez Jair mudar o discurso.
''Sobre Campo Grande estamos negociando com a Tereza Cristina'', disse o ex-presidente à Rádio CBN Recife.
Choro
Assim que Bolsonaro cogitou João Henrique Catan como provável candidato pelo PL, Coronel David retirou a pré-candidatura. Vale lembrar que David é o político mais amigo do ex mandatário da Nação. Ele ainda criticou que o partido apoiasse outras legendas.
Panos quentes
Nesta sexta-feira, Pollon soltou uma nota para esclarecer sobre o cenário de alinhamentos políticos, sobretudo para Campo Grande. Ele explicou que as definições, até o momento, são precoces.
A nota do presidente foi em tom de alerta e detalha que, neste ano, três parâmetros do partido é que vão nortear as estratégias que o PL irá adotar na reta final de pré-campanha e nas eleições.
''... temos critérios institucionais a serem respeitados, sendo o principal deles, a fidelidade ao pensamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem confiarmos qualquer apoio ou oportunidade de nos representar em um projeto'', disse Pollon.
Outra premissa para se lançar como candidato pelo PL, segue Marcos, é o de respeitar a autonomia institucional e programática da legenda, que hoje é a principal grupo de oposição ao governo Lula.
''Não dá para ser candidato do PL, sem ser do PL, e muito menos ser o candidato com possível apoio do PL, sem que o PL de Mato Grosso do Sul não tenha ainda um alinhamento com o projeto a ser defendido na campanha'', determinou o presidente.
Em outro trecho da nota, que mais parece um recado, Pollon diz:
''... posso garantir que o PL do nosso Estado só apoiará nomes que sejam de direita e pessoas ilibadas, e vou cuidar disso'', garantiu o dirigente.