Na tentativa de lançar seu nome como postulante ao cargo de Senador da República, o procurador de Justiça Sérgio Harfouche tem tentado de todas as formas legalizar sua situação para disputar o pleito eleitoral de 2022. Porém, algumas ações do próprio Harfouche pode o impossibilitar de concorrer ao cargo.
Após as eleições de 2020, Harfouche pediu a desfiliação do partido Avante, mas o mesmo não informou a Justiça Eleitoral e se limitou apenas a entregar um documento administrativo a sigla, que também não informou a decisão a própria Justiça. O pré-candidato garante que a situação está resolvida e ainda ameaça processar quem tocar no assunto.
Já no início deste ano, o procurador pediu o afastamento para se filiar ao partido, mas esbarrou na questão anterior, onde ele não comunicou a desfiliação antiga a Justiça.
Diante da impossibilidade de filiação por conta da divergência, Harfouche então entrou com um pedido de retificação na Justiça Eleitoral comunicando a data da desfiliação e da nova filiação. Mas a questão que pesa contra o procurador, é que ele entregou um documento onde se apresentava como procurador da Justiça aposentado, mas durante uma análise foi constatado que seu pedido de aposentadoria foi indeferido, o que levou o juiz entender que Sérgio Harfouche usou de informação falsa e com isso ter o pedido negado.
Segundo a decisão da Justiça, "extrai-se dos autos que o requerente Sérgio Fernando Raimundo Harfouche qualificou-se, falsamente, nestes autos como sendo "promotor de justiça aposentado", quando, conforme informações prestadas pelo Senhor Procurador-Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, trata-se de "procurador de justiça" que se encontra na "ativa".
A reportagem entrou em contato com Sérgio Harfouche para falar sobre a situação.
"Não é verdade, não teve indeferimento, não usei documentos falsos e isso já foi resolvido pelo meu advogado", disse Harfouche. Sérgio culpa o advogado por ter declarado informação falsa. "Ele (advogado), prestou uma informação falsa, não fui eu que prestei essa informação a meu respeito", explicou
O promotor ainda ameaçou processar a reportagem caso o material fosse publicado.
Veja os documentos sobre o caso na íntegra:
