Nesta quinta-feira (21), a sessão da Câmara de Campo Grande teve de ser suspensa após briga entre os vereadores Chiquinho Telles (PSD) e André Salineiro (Avante). Os parlamentares gritaram, se ofenderam e chegaram a fazer ameaças mútuas.
O motivo é a emissão de requerimento por parte de André Salineiro, que pede dados de todos os trabalhadores do Proinc (Programa de Inclusão Profissional), alegando falta de transparência da Prefeitura. Segundo o vereador, existem denúncias de que existe um "cabide de empregos" no Distrito de Anhanduí, e o documento é para averiguação.
Inicialmente, o líder do prefeito vereador Chiquinho Telles (PSD) utilizou a Tribuna da Câmara e categorizou o documento como politiqueiro e eleitoreiro.
“É legitimo qualquer pedido de informação. Esse tipo de requerimento é para pessoas que não têm coragem de abrir o Portal da Transparência e ler. Gostaria de pedir que os vereadores do Avante, que são o pastor Jeremias e André Salineiro, entrem em acordo. Porque um mandou um ofício e o outro abriu requerimento”, disse o vereador.
Ele continuou dizendo: “qual o documento que vocês querem que atendam? O ofício e o requerimento? Sabemos que o procedimento é primeiramente o encaminhamento de ofício e, se não respondido, o requerimento. Esse requerimento é eleitoreiro e politiqueiro”.
Em resposta, Salineiro também usou a Tribuna e negou questão de politicagem. “Não é do meu feitio, vou me ater a não descer ao nível do vereador Chiquinho Telles. Pois, na posição de líder de governo tem que se sujeitar a coisas que, eu como homem, não me sujeitaria”.
Os ânimos ficaram acalorados e tanto um vereador quanto o outro se ofenderam: “seu moleque”, disse Telles que gritava aos fundos do Plenário enquanto Salineiro tentava usar o microfone.
“Moleque é você, não vou descer ao seu nível”, disse André, que chegou a chamar Telles para gritar na frente dele e mais próximo.
Aparentemente ameaças partiram dos dois lados, e houve interferência dos vereadores Otávio Trad (PSD) e Papy (SD).
A sessão foi suspensa pelo vereador Cazuza (PP), que presidia a sessão no momento.