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Política

há 8 anos

Candidata do PSOL afirma desconfiar de coligações partidárias e apresenta propostas

Rosana Santos pede que o eleitor avalie as intenções dos partidos que se aliaram na Capital

Concorrendo a prefeitura de Campo Grande pelo PSOL, Rosana Santos afirma que pela experiência que tem à frente da área de direitos humanos, percebe ao conversar com a população, que o eleitor não está mais 'engolindo' política.

"Visitamos Nova Lima, passamos pela região do Lagoa, Coophavilla II, percebemos a insatisfação da população, felizmente, eu que sou militante de direitos humanos há quase dez anos, percebo que as pessoas não estão mais engolindo, elas estão mais conscientes, elas estão cobrando mais das gestões, estão ouvindo os candidatos, estão perguntando", diz a candidata.

Ela destaca que o eleitor deve avaliar a intenção dos partidos que fizeram coligação na Capital. "Eu moro aqui há 36 anos e nunca vi 15 candidatos a prefeito. São 15 que o partido entende que deve ser avaliado quais são as intenções, vemos como uma pulverização do voto, voltamos para a famosa sopa de letras, qual é o interesse? Quando tem partido A, B e C, restante já estão conversando para possível apoio para segundo turno, negociação depois da eleição, pessoas enxergam isso. É algo a nível nacional que vai descendo".

Rosana, que tem como vice Henrique Nascimento, afirma que a sigla partidária defende a implementação de políticas interligadas, para resgatar Campo Grande do caos. "Nossa base principal é pensada na mobilidade urbana, na questão do transporte público e nos direitos humanos. Educação, saúde, segurança pública, assistência social entendemos como políticas interligadas, n]ao tem como pensar no asfalto sem discutir a mobilidade urbana, porque bairros tão afastados não tem infra-estruturar. Quando colocamos pessoas reclamando de rua sem pavimentação, será que é só a falta que esta fazendo as pessoas reclamarem. Não tem como fazer proposta apenas focada em uma coisa se não pensar em algo mais amplo. Trabalhadores serão atendidos de forma eficiente, buraco por exemplo, qual é o contrato, quais são as empresas, precisamos sim de auditoria, saber como foi firmado o contrato e fazer a licitação, repensar a questão dessas empresas, tipo de pavimentação. Nossa proposta é auditoria em todas as empresas que a prefeitura tem e fornece esses serviços".

Questionada sobre o impasse que vive atualmente a Câmara Municipal com o prefeito Alcides Bernal (PP), Rosana destaca que enxerga que a política está sendo feita de portas fechadas. "Estamos discutindo isso há algum tempo, questão de vereadores, de sua siglas partidárias, Campo Grande vem de administração de mais de 30 anos do PMDB, onde o entendimento de política para eles ainda é a política de portas fechadas, do gabinete, da troca, seja da troca simbólica ou pelas promessas de alguma coisa. Os vereadores hoje não pensam na população, eles foram eleitos pela população, mas por interesses partidários, pactuações dentro do partido, o que realmente deve ser feito não é , que seria atender a população. O impasse Bernal e vereadores ocorre na minha opinião de falta de consciência e de importância para o outro, o partido entende também que tem uma falta de qualificação desses vereadores para entender o que é a política. A queda de braço vai desde o entendimento da função de um vereador, a luta de egos e quem sofre são as pessoas de Campo Grande", diz a candidata.

Sobre os escândalos nacionais, que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e na cassação do senador Delcídio do Amaral, a candidata lamenta o corrido, mas acredita que foi necessário.

"O PSOL enxerga de forma lamentável, mas necessária porque o impeachment da Dilma ocorre de forma golpista, entendemos como golpe, mas também entendemos que quando o PT foi eleito, ele foi eleito com PMDB e os mesmos partidos que pedem impeachment são os mesmos que eram da sua base. Por isso acredito na insatisfação, como que aquele que pede era aliado há pouco tempo. Como ter garantia de governo, do Michel Temer com todos os escândalos de corrupção, enxergamos tempo sombrio para o Brasil. Governo que pensa em tirar direitos trabalhistas, a população carente, que necessita de serviços não terá tranquilidade, terá manutenção desse medo social, a delação do Delcídio foi isso, toda uma fé de sigla partidária cai por terra, respeito muito a base do PT, mas não podemos negar em momento nenhum que fomos traídos", afirma Rosana.

Caso seja eleita, Rosada garante que terá uma reunião com os vereadores eleitos. "A necessidade de falar com executivo é primordial caso eu seja eleita, a conversa tem que ser feita, mas a população tem que cobrar dos vereadores eleitos, porque eles são essas representações. Se conseguir fazer as pessoas serem politizadas no que se refere ao seu direito, ao que está dentro do plano diretor, o que realmente é pensado para Campo Grande, o trabalho dos vereadores seria mais eficaz".

 

 

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