Os candidatos ao Governo de Mato Grosso do Sul explicam suas propostas aos servidores públicos. Na série de entrevistas ao TopMídiaNews, eles disseram como vão tratar a questão de reajustes salariais, planos de carreiras  e tudo o que diz respeito aos funcionários estaduais. 

Rose Mosdesto (União) promete voltar às 6h diárias de serviços para as classes que tem direito. Capitão Contar (PRTB) diz que vai fazer uma reestruturação administrativa. 

Adonis Marcos (Psol) afirma que vai revogar a reforma da previdência realizada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Já André Puccinelli (MDB) diz que vai repor perdas salariais e garantir reajuste em cima da inflação.

Marquinhos Trad (PSD) promete valorização do funcionário. Enquanto Eduardo Riedel (PSDB) diz que vai investir no funcionalismo público. 

Veja a resposta de cada candidato na íntegra:

Rose Modesto- União Brasil

A nossa palavra de ordem é cuidar. Cuida da nossa gente. Para cuidar é preciso ter respeito. Os servidores, além de prestar esses serviços à população, também merecem esse cuidado. É preciso respeitá-los, manter sempre o diálogo aberto com eles.

O servidor tem todo o meu respeito, pois é ele quem leva e executa todas as políticas públicas. Todos os projetos pensados e debatidos, que conversamos nessa entrevista, serão colocados em prática pelos servidores. Por isso temos que ter um pensamento especial com eles.

Uma das nossas propostas é o retorno da jornada de 6h por dia para as classes que têm direito a isso e perderam tal benefício em 2019. Sabemos que a produtividade dos servidores vai além de uma questão de jornada, e seus serviços podem ser executados até melhor mesmo em uma jornada menor que as atuais oito horas.

A pandemia de covid-19 foi um desafio, mas acabou mostrando muitas possibilidades que a tecnologia nos trouxe para o trabalho. Várias automações podem ser feitas, fazendo assim com que o servidor foque seu tempo em demandas onde ele é mais requisitado. O teletrabalho é outra opção surgida com força recentemente e que pode ser adotada em alguns segmentos.

Adonis Marcos- federação Psol/Rede

O servidor público carrega o nosso Estado, na medida em que é o responsável pela saúde, educação, gerência dos recursos e ele precisa ser valorizado, tanto com salários, quanto com qualidade de vida. Os reajustes salariais são direito e necessários e com um estado superavitário, entendemos que, com um bom planejamento, seremos capazes de manter uma política pública para os servidores eficaz e que garanta que nosso Estado tenha uma máquina pública em perfeito andamento.

Nossa principal proposta é revogar a reforma da previdência estadual, voltando aos patamares anteriores, diminuindo a contribuição de 14 para 11% e isentar os servidores que ganham menos de três salários mínimos.

André Puccinelli-MDB

Nosso governo estabelecerá um diálogo aberto e transparente com o servidor público, visto ser ele de fundamental importância para o sucesso do governo.  Nosso entendimento é o de buscar uma gestão pública moderna, com a adoção dos princípios da gestão orientada para resultados, valorizando a liderança, investindo no aperfeiçoamento profissional, na assunção de compromissos e responsabilidades, na organização administrativa e nas decisões baseadas na coleta e análise de dados.

Nossa proposta inicial é de que as perdas salariais, decorrentes da inflação, sejam repostas sem, no entanto, esquecermos que os gastos com funcionalismo devem ficar nos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Marquinhos Trad (PSD)

Vamos investir no funcionário público, com valorização profissional e garantia de melhores condições de trabalho. As decisões sobre o futuro de cada classe serão definidas com muito diálogo, como sempre fiz, respeitando a representatividade e demandas de cada uma delas. Nada virá de cima para baixo, sem antes ouvir os servidores. O servidor público, principalmente concursado, é patrimônio do Estado e deve ser respeitado e valorizado.

Eduardo Riedel (PSDB)

Nossa relação será de respeito e valorização. Temos que valorizar e qualificar o funcionalismo. Investir neles não é gasto, é investimento público. Teremos um compromisso com os servidores de manter um diálogo franco e transparente. Estaremos atentos a estes pilares nos próximos anos.

Com população de 2.839.188 habitantes, Mato Grosso do Sul gasta anualmente 40% da receita arrecadada para custear 52.443 servidores públicos ativos, distribuídos nas 11 secretarias. Ao todo, são 84.206 servidores, sendo 31.763 inativos. Os gastos com o funcionalismo estão dentro da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) e permaneceremos assim.

Capitão Contar – PRTB

Pretendo contar com a parceria dos servidores técnicos, para implantar uma reestruturação administrativa, buscando oferecer ao cidadão eficiência, desburocratização e melhor qualidade dos serviços públicos.

Dentro da proposta, os servidores poderão apresentar experiências que possam servir de parâmetros para programas de melhorias. A parceria com o servidor será de fundamental importância para o combate à corrupção e implantação de sistemas mais modernos e ágeis de atendimento, o que possibilitará enxugar a máquina pública e a partir de então melhorar os investimentos em valorização das carreiras e a realização de concursos públicos em áreas específicas, que há tempos trabalham com déficit de funcionários. Quem trabalha bem tem que ser valorizado, reconhecido e incentivado. Cada servidor parceiro terá o seu reconhecimento considerando os resultados gerados dentro dos parâmetros pré-estabelecidos.

Quero elevar a eficiência e dinamismo dos serviços públicos prestigiando as carreiras públicas conforme a satisfação dos usuários. Também vamos criar um ambiente de trabalho ético e responsável, prezando sempre pela observância dos princípios da administração pública.
 
Os candidatos Magno Souza (PCO) e Giselle Marques (PT) não enviaram as respostas.