A servidora Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes teve ascensão meteórica desde que pisou na Secretaria de Assistência Social de Campo Grande. Concunhada da prefeita da Capital Adriane Lopes (PP), a profissional recebeu fartos salários e hoje faz parte do primeiro escalão municipal.

A servidora, que é casada com o irmão de Lídio Lopes, esposo da prefeita, tinha salário de R$ 17 mil como adjunta da na SAS, à época maior inclusive que do próprio secretário. O rendimento – ótimo para os padrões de Campo Grande – mas módico para aquisição de bens de alto luxo, a possibilitou comprar lote em um condomínio por R$ 1,5 milhão. 

Analisando o histórico de Thelma, hoje chefe de gabinete da prefeita, vê-se que ela teve algumas vantagens que só o poder público pode proporcionar: em novembro de 2022, ela recebeu R$ 105 mil de salários e férias quando foi trocada de função pela prefeita, recém-chegada ao poder. Lopes deixou de ser secretária adjunta na SAS, quando recebia R$ 15 mil, pela chefia de gabinete, com salário robusto de R$ 17.369. 

Os olhos da imprensa recaíram sobre Thelma quando foi apurado junto ao Portal da Transparência que a mesma tinha salário 50% maior que de um secretário municipal, de cerca de R$ 11 mil, ainda em 2022. 

A ascensão de Thelma não é difícil de explicar. Adriane, quando ainda era vice de Marquinhos Trad, tinha domínio na SAS. Segundo bastidores da política, quem controlava o órgão mesmo era o esposo, deputado estadual Lídio Lopes (sem partido). 

Sobre o terreno de luxo, a parente da prefeita garante que foi com recursos da venda de uma propriedade rural. “A aquisição da propriedade citada foi realizada, em parte, com recursos provenientes da venda de uma propriedade rural de titularidade da família, cujo valor é superior ao do investimento no bem adquirido. Toda a transação foi realizada de forma lícita, com a documentação devidamente registrada e declarada às autoridades competentes”, explicou, em nota.