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Política

27/07/2016 14:48

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Defesa ataca Marcos Alex e questiona conduta de promotor da Coffee Break

O poder concedido ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) durante a gestão do promotor Marcos Alex Vera foi questionado na manhã de hoje (27) pela defesa dos investigados pela Operação Coffee Break, que consideram que houve certo exagero na postura do hoje secretário-geral do Ministério Público.

O advogado Rene Siufi, que trabalha na defesa do ex-governador André Puccinelli e dos vereadores Mario Cesar e Edil Albuquerque, conta que solicitou cópias do inquérito ao promotor Marcos Vera durante as investigações, mas todas as tentativas foram negadas.

"Só fui obter depois que entrei com um mandado de segurança. Mas mesmo assim, não consegui ter acesso ao inquérito desde o início, por exemplo, do que fala do depoimento do guarda municipal Fabiano. Creio que deram muito poder a ele", alfineta.

Siufi ainda destacou que o promotor não conseguiu conduzir todas as investigações. "Todo mundo sabe que houve também uma briga entre ele o Humberto Brittes [ex-procurador-geral de Justiça], em que inclusive, foi ocasionada por ofensa em troca de e-mails. Portanto, acho que ele não soube controlar tudo isso".

O advogado ainda relatou que ingressou com uma representação contra Marcos Alex sobre a maneira de conduzir as investigações e que, de forma rápida, obteve reposta negativa em relação às denúncias. "Acho que neste ponto o MPE foi corporativista", declarou Siufi.

Exceção do MPE

O advogado Jail Azambuja, que defende o prefeito afastado Gilmar Olarte, do PROS, e o empresário Luiz Pedro Guimarães, ressaltou que o promotor Marcos Alex teria segurado o mandado de prisão coercitiva de nove vereadores, além do afastamento do prefeito Gilmar Olarte e do presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar, do PMDB, na época.

"A Justiça havia expedido o mandado no dia 20 de agosto, mas ele segurou e só foi cumprir no dia 25 de agosto, às 6 horas da manhã. Justamente no mesmo dia, já estava marcada para as 14 horas, o agravo de instrumento de 15 de maio de 2014, que iria analisar a volta de Alcides Bernal pela Câmara Criminal da Justiça. Mas com aquele quadro, nove vereadores levados à sede do Gaeco de forma arbitrária e absurda, com prefeito afastado, presidente da Câmara afastado e uma Câmara para decidir o que iria fazer. Ela teve que tomar uma decisão induzida, mas que não foi a melhor", afirmou.

Azambuja ainda afirmou que Marcos Alex demonstrou completo desconhecimento em relação aos poderes constituintes no que se refere à natureza política, principalmente do Poder Legislativo, na questão de emissão de valor por parte dos políticos.

"A Comissão Parlamentar, quando julga um processo, ela deve respeitar o devido processo legal, como do direito de ampla defesa e o direito ao contraditório. Porém, não diz que um político deve ser imparcial na sua decisão, ele deve ser parcial. Não fala que a mesma decisão dele deve ser de um juiz. Então, neste caso, essa denúncia apresenta um verdadeiro absurdo e demonstra a ignorância dos poderes", comentou.

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