Deputados conservadores e de direita criticaram atos em defesa da democracia, marcados para este 8 de Janeiro, dia que completa um ano da invasão dos prédios dos Três Poderes no País. Para a maioria, a manifestação em Brasília foi uma armação da esquerda e do atual governo.
O Governo Federal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e alguns ministros do Supremo Tribunal Federal participam de eventos, nesta segunda-feira (8), para refletir sobre o episódio que eles consideraram um ataque à democracia há um ano. Um deles, do Governo, se chama ''Democracia Inabalada''.
O deputado federal Luiz Ovando é um dos mais ferrenhos críticos de quem interpreta que houve uma tentativa de golpe de estado por parte de bolsonaristas naquela ocasião. Em nota, o parlamentar lembrou da morte de Cleriston da Cunha, o ''Clezão'', que estava preso por supostamente participar dos ataques no ano passado.
''A manipulação é inaceitável... é uma narrativa injusta que resultou em tragédias como a morte de Clezão, vítima da falência do sistema sob a tutela do Estado'', refletiu Ovando.
O deputado estadual João Henrique Catan se manifestou sobre o episódio usando postagens do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Barroso lembrou que a invasão às sedes dos Poderes foi uma mistura de incompetência, omissão e cumplicidade de algumas autoridades policiais. Ao que Bolsonaro ironiza na rede social:
''Parabéns ministro. A verdade precisa ser exposta'', disse Bolsonaro ao sugerir que a invasão foi armada por lideranças de esquerda ligadas ao Partido dos Trabalhadores e ao Governo Federal.
O deputado federal Marcos Pollon, do PL, também defende a tese de armação, embora não tenha se manifestado recentemente sobre o episódio nas redes sociais. Ele, inclusive, participou da CPMI dos Atos Antidemocráticos no ano passado. Entramos em contato com a assessoria e aguardamos retorno.
O vereador Tiago Vargas, que também se declara bolsonarista e conservador, replicou uma entrevista do ex-presidente no Instagram, no qual ele diz que o vandalismo ocorrido nos prédios públicos foi uma ‘’armadilha’’ da esquerda.
''Nunca tivemos dúvida dessa esquerda criminosa'', diz o vereador na legenda da postagem.
Outro parlamentar de direita, o vereador Papy, destaca que o ''8 de Janeiro'' de 2023 tinha outro propósito e ocorreu por efeito do acirramento das eleições’’ de 2022.
''Lula e a esquerda tentam emplacar ganho político sobre isso... pode ser uma estratégia de reverter para eles como se fossem os defensores da democracia'', criticou Papy.
O legislador cita indiretamente o caso de ‘’Clezão’’ e critica a condução do processo criminal contra os envolvidos.
''Não vejo que a condução do STF seja a salvadora da democracia como a esquerda tenta pintar. Ao contrário, o julgamento dos réus tem sido autoritários e inconstitucionais'', disparou o vereador de Campo Grande.
Outros políticos que se intitulam como conservadores, bolsonaristas, cristãos e conservadores foram procurados pelo TopMídiaNews. As respostas serão inseridas assim que chegarem. O espaço está aberto para o Governo Federal e ao Partido dos Trabalhadores.