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Política

Em queda de braço com João Dória, Bolsonaro afirma que não vai comprar vacina da China

Ministro Pazuello foi desautorizado pelo presidente após anuncio de acordo para compra das vacinas

21 outubro 2020 - 08h39Por Rayani Santa Cruz

O presidente Jair Bolsonaro decidiu cancelar o acordo firmado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. As informações são do site Poder360.

Bolsonaro enviou mensagens a ministros com o seguinte teor: “Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid-19“.

O presidente e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), são desafetos políticos.Bolsonaro respondeu a usuários do Facebook e falou em "traição" no governo. 

O acordo cancelado feito pelo ministro Eduardo Pazuello (Saúde), previa a aquisição das doses e  edição de medida provisória para disponibilizar crédito de R$ 1,9 bilhão para comprar as vacinas.

Entusiasta da CoronaVac, João Doria tem reunião nesta 4ª feira (21.out), em Brasília, com o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.

A agência precisa autorizar o registro da vacina para que as doses possam ser disponibilizadas à população.

Os inimigos Bolsonaro e Doria atuam em polos opostos e vem protagonizando embates durante a pandemia. Nos últimos dias, Bolsonaro e Doria têm divergido também sobre a obrigatoriedade da aplicação da vacina assim que ela estiver disponível.

O tucano diz que irá exigir a imunização em São Paulo. Já o presidente afirma que o governo federal não tornará a vacinação obrigatória e que cabe ao Ministério da Saúde recomendações dessa natureza.