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Política

15/08/2016 12:16

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Ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira e mais 13 viram réus na Lava Jato

Paulo Ferreira integra lista com executivos e servidores da Petrobras

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Paulo Ferreira e mais 13 acusados viraram réus em processo que apura irregularidades nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras, no Rio de Janeiro. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na terça-feira (9) e aceita pelo juiz Sérgio Moro na sexta-feira (12).

As obras foram o foco da 31ª fase da Operação Lava Jato, desencadeada em julho deste ano. De acordo com o  MPF, o Consórcio Novo Cenpes pagou R$ 20 milhões em propina para conseguir o contrato para execução das obras do Centro de Pesquisa de Petrobras. A irregularidade ocorreu entre 2007 e 2012.A força-tarefa afirma que o dinheiro foi repassado para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do PT.

Os réus vão responder por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa.

Réus

Adir Assad - empresário e doleiro

Agenor Franklin Magalhães Medeiros - OAS

Alexandre Correa de Oliveira Romano - ex-vereador do Partido dos Trabalhadores (PT)

Edison Freire Coutinho - Grupo Schahin

Erasto Messias da Silva Júnior - Construtora Ferreira Guedes

Genésio Schiavinato Júnior - Construbase

José Aldemário Pinheiro Filho - (Léo Pinheiro) - ex-presidente da OAS

José Antônio Marsílio Schwarz - Grupo Schahin

Paulo Adalberto Alves Ferreira - ex-tesoureiro do PT

Renato de Souza Duque - ex-diretor de Serviços da Petrobras

Ricardo Backheuser Pernambuco - Carioca Engenharia

Rodrigo Morales - operador

Roberto Ribeiro Capobianco - Construcap

Roberto Trombeta - contador

A denúncia apresentava 15 nomes. Porém, o nome de Ricarbo Pernambuco Backheuser Júnior foi retirado devido a um acordo de colaboração com a força-tarefa.

O ex-tesoureiro do PT é réu em outro processo na Justiça Federal de São Paulo, pela Operação Custo Brasil, que é um desdobramento da Operação Lava Jato.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele participou de irregularidades em empréstimos consignados a funcionários e para pagamento de propina para agentes públicos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A fraude teria ocorrido em contratos de prestação de serviços de informática entre os anos de 2010 e 2015.

As suspeitas

O consórcio era composto pela OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Schahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia. OAS e Shahin Engenharia já eram investigadas pela Lava Jato.

O contrato firmado estava inicialmente previsto no valor de cerca de R$ $ 850 milhões, entretanto, depois de sucessivos aditivos, superou o montante consolidado de R$ 1 bilhão.

Os procuradores disseram que consórcio pagou para a WTorres não participasse da licitação. A empresa chegou a apresentar um valor mais baixo para a obra.

Os denunciados, de acordo com o Ministério Público Federal, dividiram tarefas e desempenharam diferentes funções no interesse da organização criminosa. A força-tarefa afirma que para que o contrato fosse realizado, executivos do Consórcio Novo Cenpes pagaram a propina para funcionários do alto escalão da Petrobras e representantes do PT.

Assim que a 31ª fase da Lava Jato se tornou pública, o MPF afirmou que Alexandre Romano, que é ex-vereador da cidade de Americana (SP), confessou ter repassado mais de R$ 1 milhão do Consórcio Nova Cenpes para Ferreira, por meio de contratos simulados.

Outro lado

O advogado de Paulo Ferreira, José Roberto Batochio, foi procurado pela reportagem, mas até a última atualização não tinha atendido as ligações. O G1 entrou em contato com os advogados de Adir Assad e Ricardo Backheuser Pernambuco e aguarda um retorno.

A defesa de Renato Duque, representada pelo advogado Roberto Brzezinski, disse que só vai se manifestar após ter acesso aos autos.

Edward de Carvalho, advogado de José Aldemário Pinheiro Filho e de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, não quis se manifestar sobre o assunto.

A defesa de Alexandre Correa de Oliveira Romano, representada pelo advogado Daniel Casagrande, disse que parte das informações da denúncia foram descobertas graças ao acordo de delação premiada firmado pelo réu. "Ele vai continuar colaborando com a Justiça como sempre fez", argumentou Casagrande.

Assim que a denúncia foi apresentada, o PT negou as acusações. "O PT refuta as ilações apresentadas. Todas as operações financeiras foram realizadas estritamente dentro dos parâmetros legais e posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral".

 

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