Mediado pelo Unops (Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos), braço da ONU (Organização das Nações Unidas), os governadores de sete estados brasileiros, entre os quais Reinaldo Azambuja (PSDB), de Mato Grosso do Sul, fecharam acordo na tarde desta terça-feira (6), em Brasília, e criaram um consórcio para comprar medicamentos.

A ideia é que daqui a 15 dias, os estados de MS, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Maranhão e Tocantins, a compra de medicamento seja feita de modo compartilhado.

Azambuja, que preside o Fórum dos Governadores, disse a medida foi concordada pelos governadores por duas razões definidas: reduzir os casos de pacientes que recorrem à Justiça para obterem medicamentos e também derrubar os preços dos remédios custeados com recursos estaduais.

“[o consórcio] não é bom só para acabar com a judicialização, comprando conjuntamente espera-se baratear o custo dos medicamentos”, afirmou o governador.

Hoje, quem conquista por meio de decisão judicial o direito a determinado remédio, geralmente de custo alto, espera por meses na fila. E a explicação dos governos é que além do processo de compra, que exige ações burocráticas, normalmente as empresas que têm em seus estoques a medicação, não se interessam no negócio e nem sequer entram na concorrência.

Azambuja disse que a compra compartilhada deve atrair uma “competição melhor” pela escala maior de medicamentos a ser negociado, que é pago à vista. Quem banca o medicamento é o dinheiro dos Estados.

Ainda segundo o governador de MS, daqui aos próximos 15 dias, os estados vão fazer um levantamento dos remédios que precisam e, depois elaboram uma relação dos medicamentos a serem comprados. “Vamos fazer os editais para a compra”, avisou o governador.

O escritório da ONU já desenvolveu ações aqui no Brasil que melhoraram os processos de compras de medicamentos e gestão hospitalar.