Para evitar ser hostilizado em público, Joesley Batista, dono do conglomerado de empresas J&F, não frequenta restaurantes em São Paulo, cidade onde vive. Na maior parte do tempo, segue recluso em sua luxuosa casa na região dos Jardins, vestindo tornozeleira eletrônica e proibido, assim com o irmão Wesley Batista, de participar da gestão das empresas do grupo J&F.

Exímio bom de copo no passado, deixou de beber álcool há mais de um ano, segundo o relato de amigos. Toma remédios controlados para dormir. Mantém características que sempre o marcaram — como a atenção aos detalhes, alguma serenidade e o sangue-frio.

Nas entrelinhas, deixa claro que a opção pela delação premiada que abalou o governo Temer nunca foi moral, mas uma escolha estratégia no contexto do xadrez da agenda política (e policial) em 2017.