A pompa ao assumir o PTB em Mato Grosso do Sul não foi o suficiente para o ex-senador Delcídio do Amaral cair no gosto da população. Cogitado a concorrer à prefeitura em 2020, ele é o novo líder de rejeição em pesquisa do Itop (Instituto TopMídia de Pesquisas).
Segundo o Itop, Delcídio lidera a antipatia com 22% entre a população. Na semana passada, o nome do político esteve envolvido em polêmica com o deputado estadual Coronel David (PSL) e membros da sigla em MS.
Os pesselistas tiveram um racha e a Polícia foi acionada após o deputado denunciar invasão de celular e divulgação de fake news.
Um vídeo contendo críticas ao voto favorável do deputado David para homenagear Delcídio na Assembleia acabou divulgado. Isso gerou grande conflito, tanto que o PSL repudiou a atitude e a senadora Soraya Thronicke prometeu processar o Coronel.
Marca da Besta
Apesar de ter se desfiliado e tentar novos rumos políticos, a marca do PT e envolvimento com questões judiciais ainda perseguem Delcídio.
O ex-petista, que chegou a ser preso em 2015, teve mandato de senador cassado em 2016, acusado de atrapalhar investigações na Lava Jato e tentar comprar o silêncio do então presidente da Petrobras, Nestor Cerveró.
Ele foi inocentado pela Justiça Federal em 2018 por falta de provas. O MPF (Ministério Público Federal) havia entrado com recurso, mas foi rejeitado em julho desse ano pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), que manteve a sentença de inocência em primeira instância.
Mesmo assim, não vai ser nada fácil para o petebista conquistar os campo-grandenses no pleito pela prefeitura. Em pesquisa anterior, Zeca do PT era o mais rejeitado.
Agora, sem o nome do petista, Delcídio lidera o ranking, seguido de perto por André Puccinelli (MDB) - que também chegou a ser preso - com 19% de rejeição, e Dagoberto Nogueira (PDT) com 16%.
A pesquisa foi realizada pelo Itop entre os dias 9 e 18 de setembro e ouviu 1.200 campo-grandenses neste mês de setembro. Importante ressaltar que, como ainda não estamos em período eleitoral, não há necessidade do registro do trabalho junto ao Tribunal Superior Eleitoral.