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Política

11/09/2022 14:23

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Os povos indígenas, demandas das aldeias e ocupações foram tratadas pelos candidatos ao Governo

Alguns dos postulantes reconheceram a fragilidade, insegurança e extrema pobreza das comunidades

O próximo governador ou governadora de Mato Grosso do Sul terá de formular solução para o que se tornou uma grande preocupação. A questão dos indígenas, terras, saneamento básico e como melhorar a vida dessa população não pode ser deixada de lado pelo Governo do Estado. Esse tema foi tratado e os candidatos destacaram sobre suas propostas.

Muito além, de ser um “problema só da União”, o TopMídiaNews perguntou a cada um dos oito concorrentes: como o (a) candidato (a) pretende lidar com as demandas dos povos originários, as ocupações e até mesmo questões básicas como água potável [a exemplo de Dourados, onde a aldeia é próxima ao meio urbano e não possuem água encanada na reserva?

Nenhum dos candidatos detalhou a fundo como pretendem lidar com a questão das ocupações. 

Rose Modesto (União) promete investir em saúde, educação e segurança nessas comunidades, além de garantir acesso a água encanada. 
Adonis Marcos (Psol) afirma que vai retirar forças de seguranças das imediações das aldeias a fim de evitar conflitos e mortes.  

Já André Puccinelli (MDB) diz que vai investir em programas de formação, construção de casas em aldeias e levar água a todos. Marquinhos Trad (PSD) promete criare um programa regionalizado de combate à fome e à pobreza extrema para regiões com maior vulnerabilidade social, incluindo comunidades indígenas e investimentos em educação. Enquanto Eduardo Riedel (PSDB) destacou vai investir em ações para essas comunidades. Capitão Contar (PRTB) disse que sua meta é promover a autossuficiência e a independência dos povos indígenas. 

Veja a resposta de cada candidato na íntegra:

Rose Modesto- União Brasil

Nosso governo é pensado sobre um norte, uma visão que é, repito, cuidar de gente. Os povos indígenas não podem de jeito algum fugir a essa regra e vão receber a nossa atenção total.

São demandas em várias áreas. Na saúde pretendemos agir em parceria com as prefeituras e garantir a construção de UPAs nas comunidades, há também a questão da água potável, onde a Sanesul pode auxiliar através de parcerias, não só perfurando poços, mas também na manutenção desses equipamentos básicos para a saúde indígena.

Na educação, por exemplo, é necessário fazer valer o calendário diferenciado, regulado pela produção agrícola, já que muitos jovens indígenas precisam auxiliar as famílias nas colheitas. Precisa haver mais autonomia também para essas escolas em áreas indígenas. Na economia, a diversificação de culturas, desburocratização, apoio técnico, tudo isso tem que se fazer valer.

Quanto à segurança, esse é um gargalo onde muitas reivindicações sérias são ouvidas, mas mesmo não sendo de atuação estadual, o governo local não pode virar as costas. A proposta é montar um comitê, um fórum para reunir lideranças indígenas em conjunto a outras áreas da sociedade, forças de segurança, municípios envolvidos e até o governo federal, para avaliar e decidir quais as principais ações a serem tomadas.

Em nossas conversas, sabemos que a questão de segurança dos indígenas vai além e também passa por mazelas sociais típicas das grandes urbanidades, mas tão presentes nas aldeias que fazem as comunidades ficarem às margens da sociedade. Entre elas estão a violência doméstica e o avanço das drogas nessas áreas. Temos que tratar isso com todo o cuidado.


Adonis Marcos- federação Psol/Rede

É preciso levar dignidade a nossa população indígena e o papel do Governo do Estado é o de garantir o mínimo de infraestrutura, seja nas comunidades urbanas, seja nas que ficam em áreas rurais. Para isso, vamos utilizar os equipamentos estaduais para o atendimento dessas pessoas, respeitando sua cultura e crenças, bem como o papel institucional de cada entidade. 

Vamos buscar o diálogo com o Governo Federal, independente de quem seja, com o objetivo de acelerar a demarcação dos territórios indígenas para cessar de vez com os conflitos e violência nas aldeias indígenas.

Não iremos colocar as forças de segurança do Estado numa situação de confronto com os povos originários.


André Puccinelli-MDB

Vamos fortalecer os programas instituídos em nosso governo anterior na área da educação, quando construímos 14 escolas em aldeias indígenas, investimos na formação de professores indígenas por meio dos Programas Ara Verá e Povos do Pantanal; beneficiamos cerca de 120 universitários com o Vale Universidade Indígena; investimos também na habitação com a construção de 1.499 casas nas aldeias e nos Programas de complementação alimentar e nutricional (que atendeu a 15.000 famílias), de Inclusão Produtiva em aldeias de 11 municípios e Água tratada em 28 aldeias.

Vamos destinar patrulhas mecanizadas – compostas de trator, grade e carreta, para as aldeias na proporção de uma patrulha para cada 150 famílias, (cerca de 600 pessoas beneficiadas) e incentivar o associativismo indígena para que tenham seu próprio CNPJ. Vamos estimular o estudo da língua materna e a manutenção da cultura  de todas  as etnias indígenas .

Marquinhos Trad (PSD)

A situação indígena é de profunda vulnerabilidade, com muitos casos de pobreza extrema, alcoolismo, fome, doenças e suicídios. Tudo potencializado pelo baixo acesso à terra para trabalhar e a falta de políticas de acesso à educação, saúde, lazer e resgate cultural. 

Temos ações imediatas para assistência aos povos originários. Criaremos um Programa Regionalizado de Combate à Fome e à Pobreza Extrema para regiões com maior vulnerabilidade social, incluindo comunidades indígenas. O programa ofertará serviços integrados de segurança alimentar e nutricional, socioassistenciais, de educação e saúde, acesso ao mercado do trabalho, qualificação profissional, microcrédito e empreendedorismo. 

A educação para os indígenas também está no nosso Programa de Governo, que contempla a proposta de fortalecimento e valorização da cultura, com investimentos em infraestrutura, tecnologia, material pedagógico e formação adequados às especificidades locais, contribuindo para manter o aluno no seu ambiente, com acesso à educação, proporcionando condições para que se torne um agente transformador. 

Eduardo Riedel (PSDB)

Os indígenas sul-mato-grossenses são parte fundamental da nossa identidade cultural e humana. Para além disso, é preciso desenvolver uma nova visão em relação a estas culturas, encarando-as como ativos do Estado. Cabe ao poder público criar políticas públicas que deem aos mais de 80 mil indígenas do Estado a capacidade de desenvolver suas culturas de forma autônoma e, ao mesmo tempo, oferecer a eles as condições básicas para isso.

Hoje, o Estado tem aldeias indígenas distribuídas por 29 localidades. A população de índios soma 80.459 habitantes em Mato Grosso do Sul, presentes em 28 municípios. Representados por oito etnias: guarani, kaiowá, terena, kadwéu, kinikinau, atikun, ofaié e guató.

É preciso aumentar as ações do estado em direção a uma política de desenvolvimento dessas comunidades. E tem que ser de dentro pra fora. Quem sabe o que precisa ser feito nessas comunidades são eles mesmos, os indígenas. Primeiro temos que ouvir e entender este processo dentro da diversidade cultural e étnica que temos, para, a partir dessa compreensão, agir de maneira efetiva a favor dessas comunidades, respeitando os interesses de cada um.

Diversas ações de Estado realizadas em Mato Grosso do Sul em prol das comunidades indígenas tem sido realizadas. Vão desde fornecer segurança alimentar, com entrega de cestas básicas, até o Vale Universidade Indígena. Todavia, ainda, muito a ser feito. Vamos trabalhar para viabilizar mais mecanismos de desenvolvimento econômico para estas comunidades, sempre respeitando suas bases culturais. O desafio de vivermos todos em paz, com direitos e deveres, com a garantia de criarmos nossos filhos com dignidade. Este será o meu foco nos próximos anos em relação a este tema.

Capitão Contar – PRTB

As políticas públicas voltadas para a população indígena serão aperfeiçoadas com pessoal especializado. A nossa meta será promover a autossuficiência e a INDEPENDÊNCIA dos indígenas com integração à sociedade. Os indígenas são cidadãos como todos nós, então precisamos garantir que todas as políticas públicas também sejam estendidas a eles, principalmente de forma que possibilite a inserção de forma plena na sociedade. Antes de definir projetos específicos e etapas de implantação, a equipe de governo realizará estudos de implantação de convênios e parcerias com técnicos da área visando a profissionalização do indígena, bem como o acompanhamento escolar efetivo desde o ensino fundamental, objetivando a preservação da cultura e buscando contribuir com a inclusão e participação dos povos indígenas.

O candidato do PCO, Magno Souza e a candidata Giselle Marques não enviaram as respostas. 

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