O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teria concorrente suficiente para as eleições do próximo ano, nem mesmo o atual presidente da República, Jair Bolsonaro que pretende se candidatar para disputar a reeleição. Tudo isso é baseado na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (5), que ainda previu forte rejeição bolsonarista.

No cenário apresentado pela pesquisa, o primeiro turno terminaria com vitória do petista com diferença de quase 15% dos votos, mostrando Lula com 41,3% e Bolsonaro com 26,6%. O terceiro candidato que mais receberia votos seria Ciro Gomes (PDT) com 5,9%.

Caso as eleições fossem para o segundo turno, Lula novamente apresentaria larga vantagem para seu concorrente, Jair Bolsonaro. Dessa vez, o petista teria 52,6% contra 33,3% do bolsonarista - a derrota do atual presidente também aconteceria caso o duelo fosse com Ciro Gomes, onde o concorrente apresentaria 43,2% contra 33,7% de Bolsonaro.

O levantamento, feito pelo instituto MDA para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), também questionou os entrevistados sobre o que é mais importante para as eleições para presidente da República em 2022, e 45,1% dos ouvidos disseram que o mais importante seria Bolsonaro não ser reeleito. Outros 27,7% afirmaram que o mais relevante seria Lula não ser eleito e 21,2% disseram que não é nenhuma das duas opções.

A rejeição de Jair Bolsonaro também parece ter crescido consideravelmente entre os eleitores, onde o levantamento apontou que 61,8% dos entrevistados afirmaram que não votariam no atual presidente de jeito nenhum. Outros 22,8% disseram que votariam nele com certeza e ainda 11,6% poderiam votar nele.

Voto impresso

Defendido pelo presidente nas próximas eleições, o voto impresso também foi alvo de pesquisa entre os eleitores. A pesquisa apontou que 32,9% manifestaram confiança elevada no sistema, ao passo que 30,8% disseram ter confiança moderada, 15,8% confiança baixa e 18,7% nenhuma confiança.

Além disso, 58% dos entrevistados disseram ser a favor das urnas com impressão do voto, alegando que a iniciativa iria gerar maior confiança nos resultados. Outros 34,9% afirmaram serem contra a prática, porque o sistema atual já funciona bem. Outros 7,1% não souberam ou não responderam.