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Política

05/10/2016 07:00

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'Fiel da balança', Bernal tem histórico de ataques contra família Trad e renega PSDB

Atual prefeito negocia com os dois lados, mas passado pode inviabilizar alianças

Com o prefeito Alcides Bernal (PP) fora do segundo turno das eleições, os 111 mil votos que ele conquistou podem definir quem será o próximo prefeito de Campo Grande, em 30 de outubro. Assim, ainda indefinido, o apoio do atual chefe do Executivo pode ser o ‘fiel da balança’ da disputa.

A grande questão é que os dois atuais postulantes ao cargo, Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (PSDB), são alvos históricos de ataques de Bernal, em especial após ser cassado pela Câmara Municipal, em março de 2014.

Bernal ainda não se posicionou oficialmente sobre o segundo turno. Entretanto, os secretários municipais e ocupantes de cargos no primeiro e segundo escalão na prefeitura da Capital já começaram a fazer campanha nas redes sociais  pelo voto nulo.

Marquinhos Trad recebeu 147 mil votos e Rose Modesto, 113 mil votos. Os outros 12 candidatos somados tiveram 57 mil votos. Se o cenário se mantiver, a grande incógnita das eleições é em quem os 111 mil eleitores de Bernal irão votar no segundo turno.

Nos debates, entrevistas e propagandas eleitorais, Bernal sempre se posicionou contra os dois grupos políticos representados pelos candidatos do segundo turno. O pepista também ficou conhecido por acusar um dos candidatos de votar pelo “golpe” e o outro de ter “relações estreitas” com aqueles que o tiraram do poder.

O irmão de Marquinhos, Nelsinho Trad (PTB), junto com o empresário João Amorim é apontado pelo Ministério Público Estadual, no relatório da Operação Coffee Break, como um dos articuladores do suposto esquema de compra de votos para cassação do prefeito Alcides Bernal em troca de vantagens ilícitas econômicas e políticas.

João Amorim, o suposto financiador da cassação, é irmão de Antonieta Amorim, casada por anos com Nelsinho Trad, irmão de Marquinhos.

Por sua vez, Marquinhos também é citado no relatório da Coffee Break como responsável por ter supostamente conseguido votos para cassar Bernal, em especial articulando com os vereadores do PSD.

Desde que retornou ao cargo, Bernal ainda tem acusado o PSDB de tentar inviabilizar a sua administração já que a bancada tucana tem a presidência da Câmara Municipal da Capital. Essa rixa entre Bernal e o PSDB também tem dificultado parcerias entre a prefeitura municipal e o governo do Estado.

Em 2012, Bernal conseguiu 270 mil votos de eleitores que queriam uma renovação ao grupo político formado pelo PMDB e que governou Campo Grande por 20 anos. No segundo turno, quando derrotou Edson Giroto, teve inclusive o apoio tucano.

Nas eleições de 2016, conseguiu 111 mil votos. Caso Bernal, opte por não apoiar nenhum dos dois candidatos, a tendência é que parte desses votos seja anulada e a outra parte acabará se dividindo entre os dois candidatos.

Caso o prefeito de Campo Grande se posicione de forma oficial pelo voto nulo e sua equipe faça campanha junto as camadas mais humildes, esses votos vão se perder, não indo para nenhum dos dois candidatos. Agora, apesar das diferenças entre os três, as negociações já começaram.

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