O juiz de Direito, José Eduardo Neder Meneghelli, determinou, na noite desta quinta-feira (29), a apreensão de veículos em nome do presidente do SinMed/MS, Flávio Freitas Barbosa. O magistrado entendeu como desobediência o fato do dirigente não ter encerrado a greve dos médicos, que começou segunda-feira (24).

O presidente Barbosa teria afirmado ao prefeito Marquinhos Trad (PSD) que iria manter a paralisação até receber os 27,5% pedidos pela categoria e que os R$ 10 mil de multa aplicados pela Justiça por considerar a greve ilegal já estariam reservados e não haveria problema com isso. Este fato foi entendido como desobediência por Meneghelli. O juiz pede ainda a investigação na esfera penal do dirigente que lidera a greve dos médicos na Capital.

Segundo a decisão judicial, a greve ''está a acarretar sobretudo grave prejuízo, não aos financeiramente poderosos, mas à população pobre, que não dispõe de dinheiro para consulta particular [...] por isso estão obrigados a procurar ajuda junto aos profissionais médicos que atuam nos postos de saúde [...] E quando lá chegam se deparam com a recusa dos médicos no socorro à saúde, sendo certo que a greve é manifestamente ilegal, conforme já asseverou este juízo'', escreveu o juiz.

Conforme a decisão, os veículos em nome de Flávio Freitas serão entregues a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para que sejam usados na busca de socorro médico à população carente por conta da greve.Houve determinação para que haja bloqueio de R$20.000,00 junto ao sistema financeiro nacional das contas bancárias em nome do presidente do sindicato ''que está a afrontar a ordem judicial''.

O magistrado foi além e também aumentou a multa diária ao sindicato, que era de dez mil para 100 mil reais. Na manhã de hoje, o Ministério Público Estadual já havia acatado novo pedido da prefeitura, e dado aval para que a Justiça aumentasse a multa para o sindicato.

Na mesma determinação, o juiz pede ao secretário Municipal de Saúde, Marcelo Vilela, que informe o nome de todos os médicos que participam da greve, estando ou não nos postos de saúde e