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Política

PSOL confirma que suspeito de esfaquear Bolsonaro foi filiado ao partido

Adélio Bispo de Oliveira foi detido em MG suspeito de esfaquear Jair Bolsonaro

06 setembro 2018 - 20h00Por Estadão e Agência Brasil

Apontado pela Polícia Militar como responsável pelo ataque a Jair Bolsonaro, Adelio Bispo de Oliveira tem postagens de ódio ao candidato do PSL em seu Facebook.

Oliveira tem 40 anos e é natural de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, cidade a 700 km de Juiz de Fora.  Segundo ele informou ao 2º Batalhão da Polícia Militar em Juiz de Fora, trabalhava como servente de pedreiro e teria curso superior completo.

Nas postagens, há vários textos em que Adelio ofende Bolsonaro ou critica suas propostas. Em maio, postou uma foto na qual aparece ao lado de uma placa que diz "políticos inúteis". No mesmo dia, publicou outra imagem com cartaz que pede a renúncia de Temer.


O homem detido pela polícia também publicou imagens de pessoas que defendem a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Outro tema comum na página de Oliveira são críticas à Maçonaria.

Nas redes sociais, Oliveira também indicou ter frequentado uma escola de tiros em Santa Catarina recentemente.  Ele esteve no Clube e Escola de Tiro.38, em Florianópolis. O clube, especializado em treinamento com arma de fogo, confirmou a presença de Oliveira, mas não informou que tipo de serviço ele utilizou. A escola realiza cursos de tiro programados, com instrutor e atendimento individualizado.

Segundo o coronel Alexandre Nocelli, comandante da 4ª Região da Polícia Militar de Juiz de Fora, o homem que atacou o presidenciável alegou, ao prestar depoimento à polícia.

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, Adelio já tinha sido acusado pelo crime de lesão corporal. O boletim de ocorrência em que Oliveira é acusado de atentar contra a integridade física de outras pessoas é de 2013.

Momento em que Adélio atacou Bolsonaro a faca. (Foto:

Agressor foi filiado a partido político

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, confirmou que Adelio Bispo de Oliveira foi filiado ao partido entre 2007 e 2014. Segundo o dirigente, no entanto, o suspeito não foi dirigente partidário e ainda não foi possível conhecer os motivos de sua filiação ou desfiliação após sete anos.

"Isso não muda em nada a posição que o partido acaba de divulgar de repúdio ao ato e obviamente nós não nos responsabilizamos nem podemos responder por um ato isolado de uma pessoa que um dia foi filiada ao PSOL", disse Medeiros ao Broadcast Político. "Nós reafirmamos aqui nosso repúdio a esse ato e cobramos que as autoridades tomem as providências que a lei prevê."

Segundo policiais da PM em Juiz de Fora, Adelio disse, em depoimento, que não é ligado a qualquer partido político, e que agiu porque não "simpatiza" com o candidato. Logo após o ataque, policiais que faziam a segurança no local prenderam Adelio. Foi preciso conter a multidão que tentava linchar o agressor