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Política

há 3 anos

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Puccinelli é réu mais uma vez em caso JBS

Governador é acusado de receber, de uma vez só, R$ 10 mi em propinas

O ex-governador André Puccinelli é novamente réu no ‘caso JBS’, que estourou após delação dos irmãos Batista, donos da empresa. Segundo denúncia, o maior nome do MDB de Mato Grosso do Sul recebeu de uma vez só, 10 milhões de reais dentro de um isopor.

A decisão que torna Puccinelli novamente réu é de despacho desta terça-feira (25), assinado pelo juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande.

Conforme o magistrado, a soma da propina é ainda maior: 90 milhões de reais. A ação tramitava anteriormente na Justiça Federal, mas acabou caindo na Estadual por determinação do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da Tribunal Regional Federal da ª Região).

O processo na Justiça regional é sigiloso. Porém, conforme a delação, em 12 de julho de 2012, Puccinelli recebeu em sua casa, num prédio rua Euclides da Cunha, um dos metros quadrados mais caros de Campo Grande, logo pela manhã, em caixas de isopores, o equivalente a 100 mil notas de R$ 100, uma montanha de dinheiro que, as cédulas juntas, somaram R$ 10 milhões.

A dinheirada saiu dos cofres da JBS, empresa que tinha de pagar propina ao ex-governador (2007-2014) para ganhar incentivos fiscais por ter instalado frigoríficos aqui em Mato Grosso do Sul. Esta é uma das razões da prisão de Puccinelli e motivo que o tirou do páreo eleitoral.

Relato acima é parte do inquérito policial 0525/2017 da Polícia Federal, acerca de uma das fases da Lama Asfáltica, operação que implodiu o mais escandaloso episódio de corrupção que se tem notícia em MS.

A história da fortuna dentro dos isopores, que voou de avião de São Paulo direto para casa de Puccinelli, é assim descrita:

“Em julho de 2012, André Puccinelli pediu para Ivanildo Miranda [delator da Lama Asfáltica, pecuarista, arrecadador de propina] fosse falar com Demilton Antônio de Castro [empregado da JBS]. Ivanildo conversou com Demilton e Joesley Batista [um dos donos da JBS], tendo sido travada a seguinte conversa: Joesley diz – Demilton, eu tenho aquele meu dinheiro lá no Alphaville e você pode passar para o Governador [Puccinelli] e pro MS lá esse dinheiro. Demilton segue a conversa – mas que dinheiro que é? Segue Joesley –  não, é lá no Alphaville, cê vai lá que cê já sabe de quem é que eu tô falando”.

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