A Santa Casa de Campo Grande recebeu do Fundo Municipal de Saúde R$ 624.687.101,63, de 2017 a julho de 2019, segundo relatório da Comissão Especial da Santa Casa. A investigação das contas e gastos da verba pública no hospital remete a um problema de gestão, segundo o vereador Wellington de Oliveira (PSDB). 

O parlamentar disse que detalhes do estudo serão apresentados na sessão da próxima quinta-feira (7) e, de imediato, existe a necessidade da criação de um portal da transparência e separação das contas públicas e privadas.

“Algumas prioridades da Santa Casa não estão sendo cumpridas. A gente precisa ter duas contas. Se você junta tudo não dá certo. O ideal é que o dinheiro público fique em uma conta e o privado em outra”, reiterou.

Wellington adiantou, em entrevista, que as respostas da Santa Casa foram genéricas e não detalharam sobre as despesas e balanços. Documentos da prefeitura mostram que o valor estipulado a ser pago pelo Fundo Municipal chega a R$ 800 milhões até o final de 2019. Fora os valores de origem particular.

(Vereador Wellington- Foto: André de Abreu)

Colapso financeiro

Questionamentos da Casa de Leis em relação a gestão do dinheiro público do hospital começaram em 2017, quando foi cogitada a abertura de uma CPI. O colapso financeiro é frequente, com atraso de pagamentos e ameaças de greve. 

A Santa Casa já teve o pronto-socorro fechado e seus portões presos por cadeados, seguranças particulares ou, simplesmente, foi trancada para atendimento de emergência, sem prévio aviso.

Falta de dinheiro repetia-se como a justifica única para a suspensão dos acolhimentos médicos.  

A falta de transparência do hospital gerou problemas entre conselheiros da Associação Beneficente (ABCG), com denúncias à Câmara e MPF (Ministério Público Federal).