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Política

15/08/2022 21:55

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STF aceita denúncia e Trutis vira réu por forjar o próprio atentado

Os dez ministros foram favoráveis ao parecer da ministra Rosa Weber, relatora do inquérito

O Supremo Tribunal Federal (STF), acatou, nesta segunda-feira (15) por unanimidade, a denúncia contra o deputado federal Loester Trutis (PL-MS), pelo suposto atentado que ele teria sofrido, no mês de fevereiro de 2020. A relatora do inquérito foi a ministra Rosa Weber.

Trutis deve responder por falsa comunicação de crime, porte ilegal de arma e disparo de arma de fogo. As penas máximas para esses crimes, somadas, atingem a oito anos e seis meses.

Dependendo do resultado do próximo julgamento, com data ainda a ser definida, o deputado poderá ser condenado e ter seu mandato cassado.

O atentado
Na ocasião, O deputado Federal Loester Trutis (PSL/MS) relatou que ele e sua equipe sofreram um atentado enquanto estavam à caminho de Sidrolândia, na manhã do dia 16. O carro em que estavam foi alvejado por, pelo menos, cinco tiros.

Conforme nota postada na página oficial do Facebook, o parlamentar  conseguiu revidar o ataque. Os tiros não acertaram ninguém da equipe e não houve feridos. 
No dia, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) esteve no local e fez a retirada das vítimas. 

O parecer
Segundo o site O Contribuinte, em seu relatório e voto, de 34 páginas, a ministra Rosa Weber concluiu que “os argumentos trazidos pela defesa não são suficientes para, nessa fase procedimental, desqualificar a base empírica reunida no curso da investigação, a qual dá suporte aos enunciados fáticos formulados na tese acusatória”.

Weber afirma que a hipótese investigatória inicial foi testada em seus limites, não tendo surgido qualquer indício de que o alegado atentado contra a vida do parlamentar pudesse ser motivado por causas pessoais, estranhas à função pública por ele exercida. “Excluída a linha inicial de investigação, não emergiu qualquer outro elemento indicativo de uma terceira hipótese, que pudesse apontar, por exemplo, erro de execução, erro sobre a pessoa etc”, reforça.

Ao invés disso – acrescenta a relatora — contrariedades e inconsistências da versão inicial dos fatos, assim como a exploração pública do episódio utilizando perfil em rede social mantida pelo parlamentar para a interlocução com seu eleitorado e com a comunidade em geral, levaram à suspeita de que o atentado contra a sua vida pudesse ter sido simulado com o escopo de capitalizar politicamente os acontecimentos pela “vítima”.

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