O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta sexta-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura se houve interferência na Polícia Federal.
As informações são do portal G1. Como é investigado, Bolsonaro pode se reservar o direito de permanecer em silêncio. A decisão do ministro não determina o local e a data do depoimento, que devem ser definidos pela Polícia Federal.
O inquérito tem como base acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. A polícia pediu ao STF mais 30 dias para concluir a apuração do caso.
Em sua decisão, o ministro afirma que o depoimento presencial só é permitido aos Chefes dos Tre?s Poderes da República que figurem como testemunhas ou vítimas, não, porém, quando ostentem a condição de investigados ou de réus. Em um despacho recente, Celso de Mello havia afirmado que o direito de depor por escrito e escolher data não se estende "nem ao investigado nem ao réu".
A decisão deixa claro que, a defesa de Moro poderá acompanhar o interrogatório e fazer perguntas ao presidente.
Procurada, a Advocacia-Geral da União, que faz a defesa do presidente, informou que só se manifesta no processo.