O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decide, nesta quarta-feira (7), se vai aceitar ou não a denúncia contra o deputado estadual Paulo Siufi (MDB), um dos investigados na Operação Coffee Break, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Apesar de a denúncia ter sido apresentada contra 24 réus, e esteja em trâmite perante a 6ª Vara Criminal de Campo Grande, o processo contra Paulo Siufi será apreciado pelo Tribunal de Justiça porque ele ganhou foro privilegiado ao assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa, quando Marquinhos Trad (PSD) foi eleito prefeito e renunciou ao cargo.

Para a coordenadora do Gaeco, Cristiane Mourão, o julgamento “é de extrema importância pois marca o início do pronunciamento do Poder Judiciário acerca dos graves fatos que envolveram a Operação Coffee Break e que causaram instabilidade política a Campo Grande e consideráveis prejuízos à Administração do Município”.

O caso

A Operação investigou suposto esquema de corrupção envolvendo vereadores, funcionários públicos e empresários para garantir a cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP). Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, cada envolvido tinha atuação específica na trama, sendo que uns foram corrompidos pelo recebimento de dinheiro, outros pela possibilidade de acesso ao poder, por meio de cargos na futura administração de Gilmar Olarte.