Durante entrevista no programa Papo Reto do TopMídiaNews, o presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, "O Carlão do PSB" disse que a população "avalia melhor a Câmara de Campo Grande".

Ele ressaltou que o trabalho no legislativo, somado a proximidade com a comunidade, fiscalização e amparo ao indivíduo quando necessário é essencial e deve fazer parte da vida do parlamentar. 

"A prerrogativa do vereador é legislar, fiscalizar e reivindicar. Mas, a maioria atua de forma comunitária quando há buracos nas ruas, reformas de colégios, melhorias de postos de saúde. E também fazem o papel de filantropia como atender o morador com, por exemplo, ajuda em atendimento médico, passagem de ônibus, ajuda com formaturas nas escolas em fim, a gente recebe de tudo; até mesmo pedidos de material de construção como na última chuva que tivemos vários casos. Esse assistencialismo não é prerrogativa, mas além do político, somos um ser humano e não podemos perder isso."

Para Carlão, a população deve ser atendida pelo político local. Ele morou por 35 anos no bairro Nova Lima, agora reside no bairro Coronel Antonino e está no quarto mandado presidindo a Casa de Leis pela primeira vez. Carlão explica que começou na política liderando grupo de jovens na região, depois como presidente de bairro por diversas vezes, presidente da Associação das Uniões de Favelas.

"Militei em movimentos comunitários e sempre tive vontade de ocupar cargo de vereador porque é próximo à população. Eu disputei em 2008 e me elegi. Fui um dos primeiros, que era do movimento de favela a ser eleito na Câmara".

Carlão diz que como presidente da Câmara a vontade maior é realocar a Casa de Leis nos bairros da cidade. "Quero colocar a Câmara de novo nos bairros, e mostra que estamos preocupados com a cidade e melhorar a qualidade de vida do povo. A gente tem que aparecer mais e tirar aquela imagem que 'o vereador ganha dinheiro e fica escondido no gabinete'".

Depende do Executivo

O parlamentar esclarece que os pedidos da população sobre construção de Emeis, obras diversas como construção de hospitais e obras são muitos. Porém, os vereadores não podem demandar projetos de lei que usufruem do orçamento municipal. Não comete a Câmara, por exemplo, aprovar alguma obra de asfaltamento em algum bairro. O parlamentar pode fazer um projeto de lei autorizativo ou indicação. Depois, a prefeitura verificar se existem recursos ou não para atender a demanda.

Ele esclarece que as obras dependem de recursos públicos e a bancada federal, por exemplo, pode ajudar com envio de emendas parlamentares, pois, o Executivo não tem verba suficiente para atender obras em todos os bairros. "Quando é aprovado um projeto, o dinheiro tem de ser investido ali. Temos, por exemplo, as obras no Centro, corredores de ônibus. Agora, cabe fazer um projeto ousado também nos bairros como no Los Angeles, Jardim Cerejeira, região da UCDB, e essas ilhas que ficam sem asfalto e drenagem na cidade."

O vereador deu a dica para a bancada "não picar as emendas" e sim concentrá-las em uma obra só para iniciar e terminar.

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