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há 1 ano

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Colega ataca vereadora com machismo puro em MS

A frase machista foi dita na tribuna pelo presidente da Casa de Leis após a vereadora cobrar serviços do prefeito

O presidente da Câmara de Terenos, vereador Marcos Inácio Campos (PSDB), que deveria dar exemplo aos demais, é acusado de disparar frase machista contra a vereadora Lucilha de Almeida (União), durante discurso. Ele disse que concederia um tempo de fala a ela, porque a vereadora já teria tido tempo de tomar um chazinho e estar mais tranquila. 

A fala machista ocorreu durante a sessão da Casa de Leis, na noite dessa segunda-feira (13) e pode ser vista no vídeo gravado pelo Facebook [clique aqui para ver] a partir do tempo 1:01:15. O presidente da Casa, não teria gostado das cobranças da vereadora ao prefeito Henrique Budke e saiu em defesa do Executivo durante o discurso até ser pedido o aparte [tempo de fala] pela vereadora.

“Vou dar um aparte para a senhora por elegância, porque acho que vossa excelência já tomou um chazinho e está mais tranquila. Vou poder dar um aparte de um minuto para a senhora poder dar suas palavras”, disse o presidente da Câmara de Terenos ao conceder um tempo de fala a vereadora Lucilha, que mesmo não tendo o nome citado, foi referida durante quase todo o discurso do vereador antes de fazer o pedido.

Veja o trecho:

A parlamentar respondeu à altura e não se intimidou com os diversos “recados” do vereador Marcos Inácio.

“Respeito essa Casa e vou trazer aqui todas as solicitações ao Executivo. Respeito cada um. Quanto ao Executivo, ele está deixando a desejar e não é vitrola furada. Enquanto, meu povo grita por falta de estrada, gente morre por falta de socorro ou a doutora tem que vir para atender, eu vou ser uma vitrola furada toda sessão e vou buscar, para que o Executivo escute e atenda melhor ao meu povo. Porque o respeito por essa Casa eu tenho. Mas eu jamais eu vou deixar meu povo sofrer. Se tiver de falar 100 vezes, eu vou fazer.”

Novamente o presidente da Câmara defende o prefeito e depois diz que o parlamentar “tem direito a falar e é livre” e que não “há mordaça” na Casa.

Solicitações da vereadora motivaram a fala

Antes desse momento, a vereadora usou a palavra para dizer que estaria solicitando várias demandas e indicações ao prefeito Henrique Budke e que nenhuma delas foram atendidas. As solicitações vão desde consertos de estradas de assentamentos a melhorias no atendimento de saúde pública na cidade.

O presidente da Casa, Marcos Inácio Campos (PSDB), abriu defesa ao prefeito e em tom de aviso, disse que não queria mais reclamações na Casa de Leis e chegou a indicar as reclamações como sendo de “vitrola furada”.

“Acho que a gente tem que dar um basta nisso aí. Toda semana é a mesma conversa, toda semana é uma vitrola furada. Vou à prefeitura e vejo as ações”, disse ele iniciando.

O vereador Marcos Inácio seguiu dizendo que os vereadores devem andar juntos, como se fosse um recado a única mulher da Casa. “Essa Casa não está na mão de um parlamentar só. Está nas mãos dos 11. Somos responsáveis pelos nossos atos, somos parceiros por tudo”, disse ele.

Neste momento, a vereadora pediu o aparte [tempo que pode ser cedido para comentar] e o vereador proferiu a fala machista, como descrito ao início do texto.

O que diz o vereador?

Em contato com o vereador Marcos Inácio, ele negou que tenha tido atitude machista e disse que a fala foi em tom de brincadeira, após explicar a situação do município, que tem diversos problemas e estragos após o período de chuvas.

“Não houve de minha parte em momento nenhum isso daí [fala machista]. O que falei foi um esclarecimento sobre um fato. O fato consistia sobre as estrada, eu disse que há uma tentativa da prefeitura em fazer os consertos.”

Sobre a frase de “tomar um chazinho”, o parlamentar afirma que foi em tom de brincadeira e sem intenção de ofender.

“Eu quis explicar e dar um entendimento disso dai. E foi em tom de brincadeira. Se você olhar bem o vídeo, vai ver que foi em tom de brincadeira e natural. Somos todos parceiros e amigos.”

Ele afirma que ainda não conversou com a vereadora Lucilha, mas que não acredita que ela tenha considerado a atitude como machista. “Eu preciso conversar com ela ainda, se há necessidade de pedir desculpa. Não tem o porquê disso. De minha parte não houve nenhum desentendimento.”


 

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