Crítico e contra o projeto que pretende transformar o hotel Campo Grande em moradia popular, o vereador Loester Nunes (MDB) diz que existem prédios mais baratos e que os recursos poderiam ser utilizados na construção de casas em outras áreas.
Além disso, o parlamentar argumenta que não foi pensado no lazer das crianças. Também questiona de onde as famílias com renda até três salários mínimos irão tirar o dinheiro para pagar condomínio e manutenção do prédio.
“Considerando o nível financeiro da proposta, até três salários mínimos, são pessoas que tem dificuldade. Como vão manter a manutenção do prédio, elevador? São coisas que não estão previstas para o tipo de pessoas que querem colocar lá. Não é que a gente seja contra. Pelo contrário, quero que vivam bem melhor. Com esse dinheiro, que se construam áreas para que eles possam morar, porque merecem ter casa”, explicou.
(Vereador Loester Nunes- Foto: André de Abreu)
Loester repudiou a postura do prefeito sobre o projeto e diz que ele induziu a cidade a uma luta de classes, quando foi a imprensa que apontou os contras da ideia. “Isso é jogar a pessoa humilde contra a pessoa que se opõe, aqui são 29 vereadores e não vão seguir o mesmo caminho. Existe um debate. Foi errado, ele devia ter conversado com a gente”.
O parlamentar considerou que o gestor teria que te consultado a Câmara antes de apresentar o projeto em Brasília. Ele diz que faltou diálogo e que, mesmo sendo contra a ideia, a maioria da Casa é a favor.
Loester não detalhou, no entanto, como o dinheiro poderia ser transferido para construção em outras áreas já que o programa do governo Federal aceita apenas o reaproveitamento de prédios abandonados.