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Campo Grande

CDL critica 'briga de classes' e questiona preço para transformar hotel em moradias

Presidente da CDL destaca que o que está em jogo não é luta de classes e sim o uso do dinheiro público

08 setembro 2019 - 07h00Por Rayani Santa Cruz

A divulgação da possível reforma e transformação do hotel Campo Grande em habitação popular causou uma enxurrada de opiniões divergentes na cidade. No grupo contrário ao projeto, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) afirma que devem existir estudos rigorosos sobre o plano e que é necessário evitar polêmicas entre classes sociais. 

Presidente da CDL, Adelaido Vila destaca que a ocupação da área central é fundamental e benéfica, porém existe uma preocupação específica com o prédio escolhido para o projeto por conta dos custos para os cofres públicos e da falta de esclarecimentos sobre a infraestrutura para os moradores.

Luta de classes e valor do imóvel

Adelaido diz que é lamentável que personalidades da cidade incitem uma luta de classes. Ele pondera que o problema é que o valor de uma casa popular é, em média, de R$ 45 mil, mas ao final da obra, cada apartamento adaptado do prédio ficará em torno de R$ 300 mil.

“Não existe luta de classes, o nosso consumidor é exatamente o de baixa renda. Queremos eles no Centro, o que não pode é empilhar pessoas dentro de prédios com valores absurdos”.

Para ele, existe a preocupação com o preparo do hotel para receber as pessoas. O presidente diz que tem uma série de terrenos na região do Amambaí e da Feirona que poderiam ser usados para construir essas casas populares. “O que a CDL vem buscando é saber sobre a qualidade de vida que a pessoa vai ter morando em um imóvel que será muito caro. Queremos dignidade para esses moradores”.

Retrofit

Questionado, o presidente da CDL disse que já estudou sobre o Retrofit (Programa de Reforma do Governo Federal) e que, independente de onde vem o recurso, o valor do prédio em si está mal avaliado. 

“Precisa ser discutido, não importa da onde vem o dinheiro, esse valor precisa ser tratado com respeito porque não ‘surgiu’ do Governo Federal. O valor foi de impostos brasileiros e precisa ser tratado bem”.

Ele diz que, além das questões citadas acima, o prédio já foi ofertado para a Câmara de Vereadores e para outras instituições com valores abaixo do que a prefeitura vai pagar.

Para a CDL, é importante que haja mais estudos referentes ao uso do dinheiro público e aplicação no prédio.