O deputado Carlos Marun, do PMBD, usou a palavra na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (12), para sair em defesa do ex-governador André Puccinelli, principal lideranças peemedebista em Mato Grosso do Sul. O ex-governador foi conduzido coercitivamente à sede da Polícia Federal, para prestar depoimento, durante a 4ª Fase da Lama Asfáltica, em Campo Grande.
De início, Marun se referiu a Puccinelli como líder 'do nosso partido em Mato Grosso do Sul', e teceu duras críticas a maneira como foi realizada a condução coercitiva ao ex-governador e a maneira como foi tratado, cobrando mais 'respeito' em razão da sua história política.
Aos demais pares da Câmara Federal, Marun relatou o que aconteceu no Estado. "Logo pela manhã a policia federal conduziu coercitivamente para que prestasse depoimento, o ex-governador e líder do nosso partido em Mato Grosso do Sul, André Puccinelli".
E ainda continuou, "ouvido o governador, foi determinado a ele, o uso de tornozeleira e mesmo ficando claro que não se tratava de uma prisão. A proibição de afastar-se do Estado e o pagamento de R$ 1 milhão, que deve ser recolhida e paga no prazo de 48h".
Após relatar o caso, disse que não iria esconder o caso 'embaixo da cama ou das cobertas' e saiu em defesa do ex-governador. "Venho manifestar posições e continuo confiando de forma convicta e na inocência do ex-governador André e em relação as acusações que lhe são feitas. Tenho a mais absoluta convicção de que ao fim deste processo e dessas investigações e isso restará absolutamente comprovadas".
Logo depois, o parlamentar afirmando que 'não deseja interferir ou sugerir obstruções aos trabalhos da polícia', declarou que considera, "a princípio, excessivas as medidas que foram tomadas". E cobrou 'respeito' devido a sua história política em relação ao tratamento que lhe foi dado.
"O governador já esteve nesta Casa como ex-deputado federal e foi o melhor prefeito que Campo Grande teve na sua história devido a sua competência para trabalhar. Foi eleito e reeleito no primeiro turno e não precisou disputar segundo turno, tem serviços prestados em Mato Grosso do Sul e ao Brasil",comentou.
Eleições de 2018
Marun ainda afirmou que com a operação realizada na quinta-feira (11), André Puccinelli foi prejudicado. "Hoje [ele] é o nosso candidato ao Governo do Estado, fica impedido de fazer campanha e visitar os correligionários no interior do Estado. Tornozeleira, uma fiança extremamente elevada que a principio considero indevidas, injustas e excessivas", pontuou.
Em apoio, o deputado disse que chega ao Estado nesta sexta-feira (12) à noite, e que deve se reunir amanhã, sábado (13), em que se encontrará com o ex-governador para prestar a sua inocência. "Disso tudo restará provada a sua inocência e o revés de agora, servidora de combustível que se redobrem na nossa força na busca de reconhecimento da população frente a vitória eleitoral em 2018".
Ao final, Marun ainda relata que espera que em 2018, "o povo sul-mato-grossense possa expressar o seu veredicto das coisas que acontecem em Mato Grosso do Sul". O deputado ainda termina afirmando que foram "execessivas as medidas a partir de um depoimento que nem necessitava de uma condução coercitiva e acredito na confiança e na inocência de um grande líder a quem devo muito".
Marun lembrou que chegou ao Congresso devido ao apoio de Puccinelli e que por 16 anos, foi secretário de André em Mato Grosso do Sul.
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