Diversos servidores que participaram da manifestação contra a reforma da previdência, na manhã desta terça-feira (28), tiveram ferimentos decorrentes do confronto com a tropa de choque da PM (Polícia Militar). Eles contam que foram agredidos com cassetetes, tiros de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

Uma servidora não identificada foi atingida por uma bomba de gás e ficou com um grande ferimento nas costas. Um sindicalista do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) apresentava sangramento na cabeça decorrente de um trauma e outro servidor estava com várias escoriações na mão.

As informações são de um professor de inglês que estava dentro do plenário no momento da ocupação. Ele conta que algumas pessoas pularam o alambrado que separa plateia dos deputados, quando a tropa de choque começou a contenção, com tiros de borracha e cassetetes.

“O choque deu tiros de advertência e um desses acertou o meu pé. Como eu estava com uma bota de couro, amorteceu bem o impacto, mas ainda doeu muito. Quando começou a dispersão, eu fui saindo pela minha direita, começou a voar mesas, escutei tiros e atingiu meu pé então pulei o vidro e abaixei no chão para não levar mais tiros nem outras agressões”, relata.

Uma servidora representante dos administrativos da educação chegou a passar mal com a confusão e precisou ser carregada até o lado de fora, onde recebeu atendimento dos bombeiros. Segundo o professor, ela teve uma queda de pressão logo após sair o resultado da votação e começou a passar mal.

Veja vídeo da confusão:

Reforma

Apesar dos protestos dos servidores, os deputados estaduais aprovaram a reforma da previdência com 13 votos favoráveis e sete votos contrários. Com as mudanças, haverá aumento na contribuição de 11% para 14% para aqueles que ganham acima do teto, que é R$ 5.531. Também haverá união dos fundos previdenciários e empréstimo ao governo.