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Campo Grande

há 1 mês

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Kelly ficou cega após cirurgia de glaucoma e família alega erro médico

Paciente perdeu a visão esquerda na juventude e estava em tratamento da córnea direita

A família de Kelly Dantas, de 43 anos, suspeita de negligência médica em atendimento da dona de casa. Com glaucoma, ela realizou uma cirurgia mal-sucedida que a deixou cega de ambos os olhos.

Kelly possui a doença desde muito jovem. Aos 20 anos, ela perdeu a visão do olho esquerdo, em decorrência do glaucoma e, desde então, vem tratando o olho direito com o qual ainda enxergava.

Em junho de 2023, no entanto, ela precisou passar por uma cirurgia na visão direita, pois os medicamentos já não estavam mais controlando a pressão do olho.

A cirurgia foi realizada na Santa Casa de Campo Grande e, após o processo cirúrgico, o olho desenvolveu várias complicações e Kelly foi diagnosticada com uma infecção bacteriana.

Após o diagnóstico, a paciente adquiriu uma úlcera na córnea, que acabou sequelando totalmente a córnea. Devido à complicação pós-cirúrgica, Kelly precisa de um transplante de córnea para voltar a enxergar, afirma a filha Thalita Dantas.

Desde então, a dona de casa espera há nove meses para o transplante ser realizado. Enquanto aguarda, ela não consegue realizar as coisas mais simples que antes fazia normalmente. Segundo a filha, a mãe não pode mais trabalhar e já sofreu diversas quedas.

Thalita agora luta para a mãe conseguir recuperar a visão quanto antes, porém o caso de Kelly não é entendido como prioritário para transplante pela equipe médica.

"Ela hoje se encontra totalmente inválida e eles não querem nem priorizar o caso porque, segundo os médicos, ela não é um caso prioritário na fila de transplante, mesmo sabendo que ela só tinha uma única visão que perdeu após erro médico", afirma Thalita indignada.

Segundo Thalita, em nenhum momento a mãe passou por exames para verificar a possibilidade de complicações durante cirurgia. Ela afirma que também não foram informados sobre algum risco cirúrgico pela Santa Casa.

"Nós queremos uma posição dos médicos e do hospital porque isso ocorreu por um erro deles. Minha mãe entrou enxergando para fazer a cirurgia e saiu sem visão. Não existe de você entrar para fazer uma cirurgia tão invasiva dessa e não haver nenhum tipo de risco cirúrgico, de investigação antes. Agora a minha mãe fica durante quantos anos nesta situação? Sem ao menos conseguir enxergar nada a sua frente, pelo erro dos médicos? E ainda mesmo assim, não querem tratar como um caso de prioridade", diz Thalita.

De acordo com a família, Kelly se encontra na 213ª posição na fila de transplante. O nome dela também foi registrado errado no Sistema Nacional de Transplantes, revela a filha. "É muita falta de respeito e humanização com o paciente. Eu já fiz várias reclamações na ouvidoria da Santa Casa e também com a Central de Transplantes. Após eu reclamar duas vezes com o hospital é que finalmente fizeram a correção do nome".

Thalia quer solução rápida. "Eu não quero que o hospital entre em contato comigo para agendamento de consulta. Eu quero que eles priorizem minha mãe na cirurgia porque os médicos já falaram que o caso dela não existe outra solução. Minha mãe está correndo o risco de perder a única visão por erro que eles próprios cometeram", finaliza.

A Santa Casa de Campo Grande foi procurada sobre o possível erro médico durante procedimento cirúrgico da paciente e, até o momento, não respondeu à reportagem.

Entramos em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e questionamos sobre os critérios para realocação da posição na fila de transplante. Porém, segundo a secretaria, o município realiza somente a regulação dos pacientes, sendo responsabilidade do hospital a inserção do paciente na lista de transplantes.

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