Diagnosticado com câncer de esôfago, a esposa de Valdeir Luiz dos Santos, de 45 anos, precisa de ajuda para comprar a dieta enteral do marido. Com sonda, Valdeir necessita da fórmula de nutrição para se alimentar.

O preparo industrializado contém todos os nutrientes necessários para pacientes que não podem se alimentar pela boca, porém o custo mensal do produto pode ultrapassar facilmente os R$ 1.000.

Valdeir foi diagnosticado com um câncer no esôfago já em estado avançado em novembro do ano passado. A doença perfurou o pulmão e sofreu metástase para o cérebro. Com a gravidade do tumor, ele precisou colocar uma sonda para poder se alimentar.

Devido à doença, tanto Valdeir, quanto a esposa, Marisa Silva, precisaram para de trabalhar. Sem parentes, a mulher revela que vivem de apenas duas diárias como faxineira que ainda consegue fazer e de auxílio do governo.

No entanto, o valor é insuficiente para arcar com os custos do tratamento. Além da dieta, que necessita diariamente, Valdeir precisa de um leite especial como complemento alimentar.

"Ele faz uso da sonda desde novembro e temos nos virado para conseguir a dieta dele. Fiz um orçamento e 45 unidades sai no valor de R$1.975,50. Como não tenho esse dinheiro, eu tenho comprado por unidade", explica Marisa.

Marisa diz que chegou a buscar com a Prefeitura o direito de receber a fórmula de nutrição enteral, porém a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a orientou a buscar a Defensoria Pública, caso queira acesso gratuito a dieta. Porém, na defensoria, foi informada que precisaria de novos laudos justificando o porquê necessita do alimento.

"Estou correndo atrás. Já fui na Sesau e me mandaram para a Defensoria Pública que me mandou pegar um novo laudo com o oncologista para saber porque ele precisa da diet, sendo que tenho pedido da nutricionista e do oncologista dele", afirma.

Sem saber quando conseguirá acesso gratuito a fórmula, Marisa luta a todo dia para conseguir dinheiro e assim comprar o alimento do marido. "Não temos muita ajuda de parentes. Sou sozinha. Para piorar, cortaram meu Bolsa Família. Hoje meu marido está internado no Hospital Regional. São três dias lá para fazer quimioterapia e ainda 16 sessões diárias de radioterapia no Hospital do Câncer. Não é fácil", finaliza.

A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Sesau foi questionada sobre a recusa em fornecer a dieta a Valdeir e aguardamos resposta. Em resposta, a secretaria informou que dietas, fraldas e medicamentos especiais são fornecidos somente com decisão judicial, uma vez que estes itens não são adquiridos regularmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

"Desta forma, o município não consegue realizar a compra programada, o que, por sua vez, gera uma maior morosidade. Todos os processos para aquisição destes itens são individualizados e, na maioria das vezes, as decisões são compartilhadas, sendo o fornecimento de responsabilidade parcial do município ou do Estado por um determinado prazo pré-estabelecido", finaliza o órgão.

Quem quiser ajudar Valdeir a adquirir a dieta que precisa pode entrar em contato diretamente com Marisa pelo número (67) 99290-4345. Doações também podem ser realizadas pelo Pix CPF:  037.511.891-81. Chave está em nome de Jéssica Adorvino Correa, nora de Marisa, que não possui conta bancária.